terça-feira, agosto 08, 2006

Baldeação


O Malfazejo está, aos poucos, se mudando. Ainda serão publicados alguns textos aqui, ao mesmo tempo que lá. Mas daqui a alguns dias este endereço ficará desatualizado. Peço a paciência de quem tiver links para este endereço. E o heróico esforço, claro, de dar um clique mais, neste link aí abaixo. Conto com a audiência de tooooodos vocês que têm comentado o que lêem aqui. E vamos pra lá.

Clique aí, ó:

http://www.omalfazejo.my1blog.com



Um abraço.



Esclarecidíssimo, até que enfim!


Respire aliviado, leitor e eleitor. Em entrevista à Rádio CBN, agora há pouco, Amazonino Mendes explicou porque não arrecadou nada para sua campanha até agora.

"Eh... você sabe... Ronaldo... é porque eu venho sofrendo uma perseguição implacável por parte do governo. As pessoas têm medo, no Amazonas, de fazer doações para a minha campanha, porque sofrem represálias do governo, que ameaça fiscalizar - e tenho provas disso. Mas eles não vão me calar, vou conseguir doações de pessoas de São Paulo, de amigos meus, de amigos dos amigos, enfim, de todas as amizades que construí ao longo da minha vida".

Ah, tá.

Quarta, 9 de agosto, às 9:47h

Milton Hatoum ganha Prêmio Jabuti


O amazonense Milton Hatoum, com “Cinzas do Norte” (Companhia das Letras), ganhou hoje o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, na categoria romance. A escolha é justa e nada surpreendente. Para a lista completa (19 categorias ou quer mais?), clique aqui.

Do Sérgio Rodrigues.

Herbert, o Marajá


Matéria de jornal desta terça, 8, trazia o título “Filhos do poder gastam mais”, referindo-se aos gastos de Marcelo Serafim e Rebecca Garcia, filho do prefeito e filha de deputado, respectivamente. A matéria também traça o perfil eleitoral de ambos, fazendo alusão à quantidade de votos dele nas últimas eleições e à inexperiência dela. E revela, ali, num final de parágrafo, como quem não quer contar, que os recursos são declarados.

Não convém aqui confiar ou desconfiar dos números. Não condeno ninguém pelas aparências nem coloco a mão no fogo pela ética da Heloísa Helena. O que chama a atenção não são os gastos elevados dos “Filhos do Poder”, mas os zeros do “Pai do Poder”. Amazonino Mendes não gastou nada, não arrecadou nada, não investiu nada, não comprou nem vendeu ninguém até agora. É notável o espírito público das pessoas; e não falo do candidato, mas dos aspones voluntários que o cercam, contratando mais voluntários, doando adesivos, espaços nos jornais, vendendo sua consciência jornalística, alugando carros, montando comitês e gravando programas de tevê. Imagino o senso de dever cívico que move donos de gráficas a ligar suas imparciais rotativas, somente pela "Causa Negra". E me arrepio ao ver que ainda há gente humilde, de sandálias, na política.

Amazonino conseguiu. Encontrou o Santo Graal, a resposta definitiva, a chave para a sobrevivência de toda a comunidade judaico-cristã-ocidental: "Como viver sem gastar nada?". Rebecca e Marcelo seguem por aí, exibidos, de tênis importados e em carro climatizado. Vigiados pela ferrenha e sempre atenta imprensa, precisam conviver com o apelido de "filhos do poder". Herbert Amazonas anda sendo chamado de marajá na rua, só porque anda de fusca e tem um celular de cartãozinho.

Paciência: é no que dá admitir à justiça que ainda não conseguiram dividir o átomo, encontrar a cura do câncer, selar a paz no Oriente Médio e resolver o problema da falta de água em Manaus, como Amazonino já fez, 17 vezes – se você não viu é porque é leso.

O Estado do Amazonas, 9 de agosto de 2006

Níquel Náusea


 



Níquel Náusea, a versão engraçada do Mickey Mouse.


Por que Rondônia é assim?


Escrevo esta coluna na véspera de sua publicação, portanto não sei, enquanto você lê, se o Ministério Público Federal e a Polícia Federal conseguiram convencer o Governo a intervir em Rondônia. Na semana passada, a Operação Dominó praticamente fechou as casas representativas de dois dos poderes, o legislativo e o judiciário, prendendo os presidentes da Assembléia e do Tribunal de Justiça. Mas o executivo, do governador Ivo Cassol, não está de fora. O governador, que meses atrás protagonizou o escândalo da compra de apoio parlamentar em Rondônia, volta à imprensa. Nem bem as vidraças da Assembléia foram consertadas, devem vir novamente ao chão. Nem bem os nomes dos envolvidos já estavam esquecidos, vão-se novamente ao noticiário. Estima-se em 70 milhões o tamanho do roubo. Pobre Rondônia.

Imagine-se você, felizardo cidadão amazonense, na situação dos nossos vizinhos, sem um governador pra xingar, sem um juiz ou um desembargador pra lhe furar a fila no banco, no semáforo ou no vôo lotado. Imagine, mal-agradecido manauense, ver agentes da polícia levando algemados todos os seus deputados, sem que haja ao menos um, unzinho só, pra posar de Fernando Gabeira de Porto Velho. Imagine-se sem ter em quem votar nas próximas eleições, daqui a menos de dois meses, porque todos os seus candidatos estão presos. Deve ser muito ruim ser privado de tais companhias.

Ouvi dizer, e foi pessoa certa quem falou, que já há operações da PF em curso no Amazonas. E que boa parte dos nossos vereadores e deputados logo vai desfilar, novamente, com camisas repuxadas sobre o rosto. Não que isso vá traumatizar ou assustar nossos representantes, escolados na arte de entrar numa viatura sem se machucar, mas não fica bem ser pego pelo braço por um agente com um colete federal numa hora dessas, com a campanha na rua.

Não reclame, leitor amazonense, pois você poderia estar em Rondônia, olhando para uma Assembléia vazia, sem trabalhar às vésperas de eleições.

Deve ser uma cena horrível.

Pobre Rondônia.


O Estado do Amazonas, 8 de agosto de 2006

domingo, agosto 06, 2006

Na mosca


"A Disneylândia do populismo", por Guilherme Fiuza.

A convocação de uma Constituinte restrita para fazer a reforma política é o mais novo coelho na cartola nacional. Lembra o casal entediado que tenta salvar o casamento levando o sexo para a cozinha.

Infelizmente, por mais geniais e acrobáticas que sejam as mudanças de regras, por mais criativa que seja a hipnose proposta, a tarefa de melhorar o Brasil vai cair sempre nas mesmas mãos: as dos brasileiros.

E os brasileiros são esses mesmos que estão aí – no Congresso, nos palácios, nas ruas. A não ser que alguém apareça com uma tecnologia eficiente de transfusão de povo.

Lula é a favor da Constituinte para a reforma política “se esse for o desejo da sociedade”. E como vai ser medido esse desejo? Com pesquisa de opinião? Por que não transferir logo, então, o governo para a sede do Ibope?

Ou será que as pesquisas vão ser só a preparação para um plebiscito, que vai determinar mandatos constitucionais extraordinários, que terão o condão de mexer na Carta Magna por um atalho de emergência…

Sinceramente, se as velhas regras do jogo não prestam, melhor resolver isso no par ou ímpar.

Play Coração de Estudante again, Sam...



"Fidel Castro retornará em algumas semanas",
afirmam as autoridades cubanas.

Do Club dos Terríveis.



Um farsante genial


O post “Um suco de garagem”, do Bruno Rabin, é. Simplesmente.

"Um suco de garagem"

Ir às compras pode ser educativo. O Nunes, por exemplo: vendedor profissional. Em sua triste vida, misturava as linguagens das tantas lojas e setores em que trabalhou. Da concessionária de automóveis, levou algumas frases para a loja de sucos:

— Olha, o senhor precisa provar esse suco de goiaba. Tá novinho, novinho. Ele nunca foi oferecido pra outra pessoa. A goiaba veio de frete de Petrópolis, chegou agorinha mesmo. O senhor deu sorte. Eu não tava nem querendo oferecer esse suco, pensei em ficar com ele pra mim, mas o senhor é gente boa e eu percebi que tava querendo um suco bom, de qualidade, um suco sem problema, um suco de garagem...

Coitado, às vezes escorregava e misturava tudo. Uma vez, logo após deixar aquela loja de roupas num shopping, foi parar numa Pet Shop:

— Esse gatinho tá lindo mesmo. Tá saindo muito. A senhora não quer experimentar um? Isso, coloque assim no colo.. Perfeito! Olha, ficou muito bem na senhora. Parece até que foi feito sob encomenda. Uma graça. A senhora fica realmente muito bem de gato.

Foi demitido, claro. Mais tarde, tendo passado um tempo numa churrascaria popular, arrumou um “bico” na livraria “cabeça” de um bairro nobre:

— Deixa comigo, patrão! Vou buscar essa Proust no original agorinha mesmo. Tô vendo que o senhor gosta de coisa boa. Mas se o senhor preferir, tem o novo do Dan Brown, que tá saindo muito. Não quer não? O pessoal tá gostando bastante. E tem uma edição colorida com desenho, hein! Uma beleza, chefia.

Mas o pior aconteceu em casa, com a esposa e os filhos. De tanto tratá-los como clientes, um dia, após uma tentativa frustrada de convencê-los a ficar em casa em vez de ir para o jantar de Natal na sogra, acabou ouvindo da mulher a seguinte resposta:

— Pode ser, vou pensar... Enquanto isso, eu vou dar uma voltinha, para pesquisar um pouco, mas já, já estou de volta...

Ela nunca mais apareceu.

sábado, agosto 05, 2006

Uma pessoa importante morrerá esse ano


Eu não dizia que esse Orkut era o oráculo definitivo? Chega de previsões vagas, conversinha de felicidade, reconhecimento, auto-estima e amizade. O que vale é a praticidade, a objetividade do vidente.

Minha sorte de hoje?

"Você vai ganhar roupas novas"

Ganhei cuecas ontem.

sexta-feira, agosto 04, 2006

100 anos de perdão


Recebi um email da Igreja Universal. O título é "Você é um de nossos fiéis?", e o email traz um link através do qual eu, o fiel, me ligarei com a igreja. Passando o mouse por cima do link, vejo aquela famosa extensão ".scr" e penso: "Taí, um spam honesto, feito por gente que realmente não presta, e não por pessoas que se fazem passar por outras". Pode não ser de autoria dos bispos, ocupados com coisas mais importantes, mas segue a mesma idéia, por assim dizer: Roubar.

quinta-feira, agosto 03, 2006

5 anos em 50


De um mau gosto terrível a queda à tentação, por parte da 'mídia' manauara, de atribuir o que Fidel fez a Cuba a um ato de coragem. Até porque convencionou-se chamar de coragem a estratégia de sobrevivência comunista, oca, vendendo à massa a idéia de que um ataque imperialista é iminente. Tire-se do mapa os EUA e o que resta de déspotas e assassinos ditadores do mundo vai junto. São como aqueles peixes-piloto, grudados à barriga do tubarão, comendo restos e dependendo do inimigo para sobreviver. Fidel Castro desceu a Sierra Maestra há quase 50 anos, e não melhorou em nada as condições de seu povo. Fez o que condenava na ditadura americana, como se dissesse "o problema não é a ditadura, é a ditadura ser americana". No capitalismo toda a riqueza, alguém já disse, é distribuída injustamente. No socialismo, não. Toda a miséria é distribuída igualitariamente. Fidel se vai, e deixa em seu rastro heróico milhões de indigentes, que perigam, com sua morte, promover a maior debandada de um país. Eis a preocupação americana: uma invasão à Flórida, com milhares de balsas em direção ao capitalismo. Eis a suprema derrota do Comunismo, a natureza humana. Fidel vai tarde, juntar-se a outros assassinos idealistas na extensa lista dos ditadores que levaram seus povos à miséria, por ódio aos EUA.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Placebo


Nunca fui de ler horóscopo, acreditar em superstição ou em bispo na televisão, mas aquele negócio chamado "sorte de hoje" do Orkut tem marcado minha vida. Ainda não entendi por que, mas acredito em tudo o que ele me diz.

A de hoje?

"Você subirá de posição social sem nenhum esforço especial"

E eu acredito.

terça-feira, agosto 01, 2006

Hã?!


Grisgiane Belajo...


Preciso ed um laptop, urgendement...

Numa nota de segundam, ontem,, disse que ormário seria convocado por Dunga, nosso técnivo. Acabei de ve-lo (aliás, ouvi-lo) falando alguma coisa na tevê.

O Brasil está voltando a ser divertido. Romário falando.

Imbresionante, seis latas!

Mas que pora de monitor pra se mexer!

Pimentinha Paz e Amor


Deve ser muito divertido ser candidato nanico a Presidente do Brasil. Sempre vejo isso na cara do Luciano Bivar, do Eymael e do Rui Pimenta. O Bivar, com aquela cara de Donald Trump, ouvindo resoluto as reivindicações dos camelôs e dos flanelinhas, e o Eymael, com aquele jeitão de Harvey Keitel de igreja evangélica, falando em privatizar os presídios, não deixam de divertir e constranger o telespectador do Jornal Nacional.

Mas é Rui Pimenta o melhor, definitivamente. Dias atrás, aparentemente pego de surpresa pela equipe bocejante de reportagem, o candidato do PCO (Partido da Causa Operária) à Presidência limitou-se a falar em luta por melhores condições trabalhistas e contra a corrupção, de frente para uma mesa de plástico, daquelas de bar, onde seus três correligionários haviam esquecido duas latas de cerveja. Rui Pimenta falava ao Jornal Nacional, um privilégio para poucos, e no mesmo quadro se via aquela mesa, debaixo de um guarda-sol, com aquelas duas latinhas.

Dia desses Fernando Henrique disse que Lula é o típico líder sindical brasileiro, quando se trata de tomar "umas e outras". Touché. Rui Pimenta não é candidato pela primeira vez. É reincidente, como Eymael e Bivar. Seu diferencial, por assim dizer, é a completa falta de vergonha de ser um "típico líder sindical brasileiro", um homem desprovido dos pudores de ser um Herbert Amazonas em nível nacional, falando coisas transcedentais sobre economia, emprego, FMI e juros. Reunindo-se nos comitês (!) de campanha para debater as grandes questões nacionais. Não há como caçoar dum homem desses, que elevou o sagrado ofício da botecologia ao horário nobre, como se, obrigando a gigantesca Rede Globo a cobrir seus ébrios e românticos passos, protagonizasse a mais genial das piadas.

Rui Pimenta não tem chances.

Mas quem sabe se candidatando mais duas vezes consegue. Beber? Bebe. Defender a causa operária? Certo. Xingar o FMI e os bancos? Ok.

Só falta aparar a barba e contratar o Duda Mendonça.

Rui Pimenta.

Anote esse nome.

O Estado do Amazonas, 1º de agosto de 2006

segunda-feira, julho 31, 2006

Notas de segunda-feira


Roberto Tardelli, aquele promotor que atuou contra os assassinos do casal Richthofen, rebate as suspeitas de que teria sido ele o responsável pelo vazamento de trechos dos depoimentos ao programa Fantástico. “Repilo com veemência qualquer vínculo com o assunto. Não sou e nem nunca seria responsável pela guarda ou divulgação desse material”. Pra mim confessou o crime, só por ter usado a expressão “repilo veementemente”.

A coluna Ooops!, do UOL, avisa que um novo vírus na internet fala da morte do vencedor do concurso Ídolos, do SBT, e chega ao ponto de oferecer um link do tipo “clique aqui e veja as imagens do acidente”. Mais grotesco do que bolar essa maravilha e pior, do que cair nela, é a coluna terminar a notinha com um singelo “veja a imagem do email”. Humor sofisticado é outra coisa.

Os candidatos ao governo do estado que não se chamam Amazonino nem Eduardo têm tido dificuldades para aparecer na idônea imprensa local, toda já loteada pelos dois grandes. Artur Neto e Paulo De Carli por vezes me lembram aquela brincadeira de criança, em que todos tinham que sentar quando a música parasse. A música parou, e o punhado de cadeirinhas da imprensa já foi ocupado.

Oliver Stone é o novo herói da Direita americana. Sim, o diretor de Platoon, JFK e Assassinos por Natureza fez um filme sobre o 11 de setembro em que os americanos são machos e religiosos. Aqui.

Bessa Freire anda novamente cutucando gato com vara curta. Que bom, ainda há estômago por essas terras.

Zélia Cardoso de Melo foi absolvida da acusação de corrupção. Enfim, há sinais de que a justiça brasileira anda. Os próximos pareceres dizem respeito ao enforcamento de Tirandentes e ao suicídio de Getúlio Vargas. Aguarde notícias. Pra daqui a 20 anos.

Venda de camisetas do Hizbollah explode em São Paulo. Também, numa terra com a vocação pro besteirol e pro provincianismo, nada demais.

Dunga chamou Jorginho para coordenador técnico. Romário deve ser escalado, nos próximos dias, pra preparador físico.

Há jornalistas envolvidos na história fazendo piadinha com a nova (?) prostituta do pedaço, o jornal A Crítica. Corre nos corredores dos jornais o singelo slogan "A Crítica, de mãos dadas com o Correio". Campanha publicitária aqui, em breve.

A Churrascaria Boi Gordo contratou atores para estrelar seu mais novo comercial. Com o pretexto de uma pesquisa, figurantes meia-boca falam da maravilha que é a Boi Gordo. As churrascarias Búfalo e Gaúchos planejam entrar no TRE com uma ação proibindo a veiculação da peça.

Proponho a quebra do sigilo bancário de Galvão Bueno, que há 87 anos narra os fracassos de Rubinho Barrichelo sem nunca ter questionado a competência do rapaz, como faz tão facilmente na seleção brasileira, especialmente com jogadores que não são seus sofridos amigos.

segunda-feira, julho 24, 2006

Notas de segunda-feira


Alicia Silverstone disse ao site FemaleFirst que tiraria a roupa sim, se fosse por uma causa nobre. Alicia é uma das mulheres mais sexy do mundo. Eis uma causa nobre.


O Malfazejo recomenda: “O Caçador de Pipas”, de Khaled Rosseini. Dá vontade de pegar o primeiro vôo para a Cabul dos anos 70, dá vontade de ir atrás daquele garoto que machuquei aos 10 anos, dá vontade de ser pai, de ter um pai, de escrever, dá vontade de chorar e de rir. Leia, antes que o filme chegue às telas.


John Voight, digo, Artur Neto conseguiu judicialmente que A Crítica fosse impedida de publicar resultados de pesquisa eleitoral, feita em parceria com a UNISOL (empresa idônea, “acima do Bem e do Mal” (sic) para Mário Frota, vice-prefeito e maior oposicionista da Prefeitura). Hoje o jornal defende sua posição com a chamada “políticos condenam ação judicial de Artur”. Com uma chamada dessas fica tentador concordar com o tucano, convenhamos.


Havia polêmica no Congresso Nacional sobre se deveriam ser revelados os nomes das sanguessugas das ambulâncias. Enquanto se discutia tamanha besteira, Veja trouxe a lista, com nomes e fotos. Ponto final.


A porto-riquenha Zuleyka Mendoza venceu o concurso Miss Universo, ontem à noite. A candidata mexicana era a favorita, mas foi surpreendida enquanto arrumava o meião na prova de vestidos de gala.


Mas a surpresa da noite foi a ausência da Venezuela entre as 10 finalistas. Nesta segunda ocorrem dezenas de mesas-redondas na tevê venezuelana, onde analistas e comentaristas tentam descobrir o que teria causado tamanho fiasco na competição internacional mais aguardada do país.


Com o salário de um produtor de vídeo da campanha do Negão (R$ 7.500,00), daria para comprar a casa do ex-governador, que vale R$ 56 mil, em sete meses. Bonito, né?


Mário Frota, vice-prefeito de Manaus e popularmente conhecido como Alice Cooper, aproveitou a internação do vice–presidente José Alencar e entrou na justiça contra a Prefeitura. Melhor do que xingar os juros. Mérito de Mário.


Pulguinha, vice-presidente da Gaviões da Fiel, exige uma retratação de Tevez, que mandou a própria torcida calar a boca depois de fazer um gol. “A torcida o Corinthians é muito grande. O Tevez tinha que pensar nisso. De repente, ele pode estar andando em um shopping e aí...”, insinua o inseto. Cláudio Manoel, do Casseta e Planeta, já anda escoltado.


Suzane Von Richtofen foi condenada a 39 anos e meio de prisão, mas pode voltar às ruas em 3 anos. E aí? Vai continuar segurando seus instintos assassinos à toa toda vez que alguém te contraria, adolescente mau-compreendido? Pra quê?!


Escolheram o Dunga pra técnico da seleção. Porra, como se estivessem todos satisfeitos com o Soneca que acabou de sair, neguinho vem colocar o Dunga? Desta vez o Brasil acabou mesmo, estragaram até o futebol da nação.

sábado, julho 22, 2006

Depoimentos de Páginas da Vida


Adolescente, 16 anos – “minha ‘ficante’ me deu de presente American Idiot, do Green Day, quando completamos 4 meses, zero hora e meio minuto de namoro. Já em casa, coloquei When September Ends no máximo. Dormi. Quando acordei, minha cueca estava toda babada. Desde então, sou hominho. Terminei com a Dani. Não preciso mais de mulher, aquela é a música mais docaralho de todos os tempos!”.

Mulher culta, artista plástica e cantora de MPB manauense, 46 anos: “Tinha acabado de cantar Esquadros, da Adriana Calcanhoto, pela sétima vez seguida, quando a Dona Encrenca me deu um tapa na bunda e o disco da Ana Carolina. Fui pro meu apê, me servi de uma dose de Jack Daniel’s cowboy e tasquei o dedão no ‘play’. Quando tocou aquela famosa, da Glória Pires, senti um treco estranho lá nas partes baixas. Tirei o coturno, a calça rajada e a cueca Zorba. Quando vi, estava toda babada. Desde então sou mais mulher, dispensei a Dona Encrenca e me resolvo sozinha”.

Reacionário e bon-vivant paulista, 36 anos: “Acabava de chegar de Manhattan quando minha noiva me presenteou com uma coletânea do Burt Bacharat. Fui pra casa, vesti meu suéter preferido, fitei saudoso minha biblioteca particular e liguei o som. Enquanto apreciava o buquê de meu Pinot Noir na janela do meu apartamento, senti um tremor estranho. Pensei 'what the hell!...'. Quando abri a braguilha, vi que estava todo babado. Desde então sou um homem feliz. Mandei a Chris de volta pro East Village e agora me resolvo sozinho. Não preciso mais de nada, só do velho Burt.”

Balofinha forrozeira, 20 anos: “Tava curtino um forrozão paidégua no Posto de Gasolina Disco Club, direto das caixas de som do Puma 71 do César, meu namorido secreto (se a mulher dele sabe...), quando ele me deu um disco pirata do Harmonia do Samba. Em casa, depois de dar de comer aos 3 meninos, deitei no sofá e abri uma Skol. Dormi ao som daquele ‘qué-tome-tome-tome’. Quando acordei, senti algo estranho. Tirei a calcinha e vi que estava toda babada. Dispensei o brocha do César e passei a gozar a vida sozinha desde lá. Sou uma mãe de família feliz”.

Fiel da Igreja Universal, 48 anos: “Eu participava do décimo sétimo culto da Fogueira Santa de Israel (estágio anterior às 32 ‘reuniões dos 311’), quando o irmão Isaque, obreiro muito abençoado da minha congregação, me presenteou com o disco ‘Diante do Trono 57’. Fui pra casa, orei agradecendo pela chuva abençoada da tarde não te-la levado embora e pedi pro vizinho tocar o disco pra mim. Dormi na janela, ouvindo aqueles gritos abençoados. Acordei transformado, um novo homem. Tirei a calça e percebi que estava todo babado. Desde então saí do meu ‘fundo de poço’, larguei a prostituição e as drogas e sou mais feliz. Não preciso de mais nada”.

Docinho, menina super-poderosa, 3 anos e seis meses: “eu salvava o mundo de novo, com minhas parceiras e nossos olhões, quando um simpático menino que salvei me presenteou com um DVD do Pica-Pau. Fui pra casa e liguei o home-theater. Fechei meus olhões e dormi vendo aquele mega-astro sempre se dando bem, com aquele bicão cafajeste. Quando acordei, senti algo estranho debaixo do meu vestidinho fofinho. Levantei e vi que estava toda babadinha. Desde então abandonei Florzinha e Lindinha e me divirto sozinha, vendo o meu DVD preferido”.

Tom Jobim, pra balancear.