quinta-feira, setembro 29, 2005

Severinos, Delúbios e Dirceus americanos


Diz-me que não é irônico – e doloroso para as Bushetes e entusiastas da “única sociente decente” do planeta – que Tom DeLay, uma espécie de Severino Cavalcanti do presidente americano, líder republicano no congresso, tenha sido forçado a abandonar o cargo mais importante do congresso por causa de seu indiciamento em crimes, pasme, eleitorais.

Tom DeLay, texano da gema como seu tutor, foi indiciado por usar o dinheiro de empresas nas campanhas eleitorais do partido republicano em 2002. Há indícios de que a campanha de Bush à presidência tenha recebido dinheiro ilegal, os delubianos “recursos não contabilizados”. A legislação do Texas permite que apenas pessoas físicas repassem dinheiro às campanhas. Para o promotor responsável pelo caso, Ronnie Earle, DeLay fez uma manobra ilegal para driblar a proibição e receber 150.000 dólares de seis empresas americanas para a campanha.

DeLay – acredite se quiser – defendeu-se acusando o promotor de perseguição política, e como bem fazem os perseguidos políticos desta Pindorama iletrada e monoglota, saiu pelos fundos. Inocentíssimo, renunciou. Bush não quis dar declarações sobre o episódio. Isso lembra algum outro presidente incompetente, por acaso?

Muita gente por aqui vai argumentar com a displicência cínica de sempre. Algo como “tudo bem, eles fazem como nós, fétidos brasileiros, mas por lá pelo menos eles falam inglês fluentemente”. Repelir peremptoriamente e de forma cabal, é verdade, deve soar melhor em inglês.

quarta-feira, setembro 28, 2005

Habemus Patifum!




O líder da oposição na eleição para presidente da Câmara dos Deputados, José Tomás Nonô, enfim, José Tomou Nonô-Cucu.

Com o perdão dos carolas...


segunda-feira, setembro 26, 2005

Notas de segunda-feira


Procuro sócio. O lugar está definido, a decoração já está pronta (na cabeça) e a clientela está esperando. O investimento? Algo como 5 mil reais. Dou a garantia de que se tornarão 50.

Uma manifestação pelas ruas de Washington durante o fim de semana foi marcada pelas faixas que pediam a deposição de Bush, por conta das mentiras sobre a invasão do Iraque e seus milhares de mortos. Os protestos tinham como escala a Casa Branca, mas Bush estava viajando. Como o presidente americano ora está em seu rancho, de férias, ora está discursando em bases militares, é difícil encontrar o mané trabalhando. Como diria Tutty Vasques, isso a oposição brasileira não vê!

Alguém pode me explicar de onde vem a proximidade do bar da novela América com os artistas da MPB que por lá se apresentam? Das duas uma: ou é tática cara-de-pau da autora para ajudar a audiência ou o dono do bar tem ligações com o crime organizado carioca.

Ronaldo Tiradentes, no programa CBN Manaus, acaba de dizer que a passagem de ônibus na cidade Manaus “retornou ao seu status quo anterior, R$ 1,50”. Pelamordedeus...

Segundo o Correio Amazonino, digo, Amazonense, dois galos de briga estão presos em Benjamin Constant. Ronaldo Tiradentes dedicou algo como 40 minutos do mesmo programa ao assunto.

Sivirino (ele pronuncia o próprio nome assim) Cavalcanti renunciou ao mandato semana passada. O discurso geral da camarilha que freqüenta a Câmara é de ocupar a vaga com um nome que vá devolver o respeito do país pelo poder legislativo federal. Eu acho extremamente difícil que Jesus Cristo aceite o convite.

A “máfia do apito”, denunciada esta semana pela revista Veja, manipulou o resultado de alguns jogos do Campeonato Brasileiro e do Paulistão. Alguns desses jogos foram roubados a favor do Vasco da Gama. Coincidências do futebol. E não é que a torcida dos estádios tinha razão esses séculos todos?!

Absolutamente ninguém em Manaus usa as setas no trânsito. Absolutamente ninguém estaciona corretamente, absolutamente ninguém respeita sua faixa. O trânsito de Manaus é, absolutamente, a coisa mais bizarra e desalentadora que eu conheço. Uma pequena amostra dos porquês dessa gente brasileira nunca caminhar pra frente.

Uma dançarina brasileira morreu, provavelmente de overdose, na casa de um famoso ator italiano. Devia estar por lá batalhando uma vida melhor para os pais, para os filhos, para si. Naturalmente deve ter sido obrigada a se prostituir e a se drogar na Europa.

Descobri que o Jorge Nobre, O Estudante de Inglês, criou um blog exclusivo para falar de seus inimigos, entre eles eu. Escreveu um tratado, uma tese, uma monografia sobre o tema. Se dedicasse seu infindo tempo livre para outras coisas - estudar inglês, por exemplo -, estaria melhor. Assim só ficou mais patético.

Os dizeres “Acelera, papai!” que acompanhavam as impressões digitais da filha de Antônio Pizzonia no capacete do piloto foram usados apenas no GP Brasil de Fórmula 1. O piloto não quer admitir, mas a filha não deu muita sorte ao pai.

Por falar em “Acelera, papai!”, depois de “Pedala, Robinho!” e “Samba, Tevez!”, a frase do momento é “Cai fora, Severino!”.

terça-feira, setembro 20, 2005

O Malfazejo recomenda



Dia desses, novamente por acaso, assisti a essa maravilha de filme. Bruce Brown, que trinta anos atrás produziu Endless Summer, aqui dá novamente o que nós queremos ver, ainda que o surf em si, a surf music e os filmes de surf sejam totalmente diferentes dos daquela época. Com um orçamento visivelmente maior, Brown dedica essa seqüência a espetaculares imagens das mais belas ondas do mundo, domadas – ou não – por Robert “Wingnut” Weaver e Patrick O’Connell, ou simplesmente Pat e Wingnut. Com participações especialíssimas de gente como Derek Ho, Jack Johnson (hoje surfista aposentado e maior sucesso da atual surf music) e Kelly Slater, o filme segue a trilha dos dois em busca da onda perfeita. Durante este longo caminho, é difícil driblar, para quem assite, a sensação de “É essa!”. O humor perfeitamente dosado, a edição enxuta e leve, a trilha sonora e, claro, as imagens feitas nas mais deslumbrantes e exóticas praias, ilhas e ondas do planeta deixam os sentidos agradecidos. Marca muito, dá uma enorme sensação de inveja assistir aqueles caras se esbarrando em praias como Cloud Break ou nas Ilhas Fiji, rodando o mundo com suas pranchas, surfando o dia inteiro e, pasme, ganhando muito, mas muito bem pra isso. Talvez Bruce Brown ainda cometa uma seqüência de Endless Summer II. Só espero que não precisemos esperar mais trinta anos por isso. E que continue a busca pela onda perfeita. Pra nós, que aqui os assistimos maravilhados na poltrona da sala, a busca, graças a Deus, nunca terminará. Até lá, a onda perfeita, ainda teremos essas pérolas nos mostrando as imperfeitas. Que bom.

quinta-feira, setembro 08, 2005

O Velho do Farol




Marcus Pessoa, num post que eu gostaria de ter escrito.


Reféns? De bandidos presos?!


Nestes tempos em que os noticiários nacionais nos embrulham o estômago com os indiciamentos inócuos de políticos corruptos, poderíamos sacar dos bolsos o clichê da centenária injustiça social brasileira, lei segundo a qual a cadeia traz na essência a punição para os pobres. Pois nem isso sobrou. Lendo matéria da última sexta-feira, dia 2, no jornal Correio Amazonense, pude ver morrer a idéia que eu tinha da vida detrás das grades para os mortais, traficantes e homicidas de pequeno porte. É impressionante – e desesperador – saber como pensam e como agem todos os atores desse circo de horrores chamado Sistema Prisional Amazonense. Enquanto os bandidos, condenados e presos, ameaçam de morte a direção da Unidade Prisional do Puraquequara e anunciam novos motins e rebeliões. O clima dentro das prisões é de medo e de surpresa. O Secretário Adjunto da Secretaria de Justiça do Estado, Ricardo Trindade, se confessa alarmado com o fato de 10 presos da galeria 11 do presídio terem comandado a última rebelião. “Estou surpreso pois a galeria era a mais tranqüila do presídio!”, explicou Ricardo.

Como tanta coisa que vira folclore por aqui, parecemos estar fadados, mais uma vez, a mitificar o que é, em tese, simples de resolver. O grupo de desordeiros, cerca de 10 presos, já tem apelido, aos moldes do Rat Pack de Sinatra, Martin e Davis Jr – que me perdoariam pela comparação grotesca, com certeza. Pois bem, o nosso Ocean’s Eleven é “Os Folgados”. Sim, Os Folgados são os responsáveis pelo clima de insegurança que vive o sistema prisional amazonense. Formado, anote aí, por Bid, Hulk, Primo, Cepacol, Jorginho e por outros nomes já clássicos no vocabulário criminal local, o grupo faz ameaças claras, a serem cumpridas caso suas exigências não sejam satisfeitas. Ricardo Trindade, dando mais uma prova da seriedade e da competência com que exerce seu cargo, atribui o clima de perigo às insatisfações geradas pelo curto banho de sol a que os presos têm direito, à apreensão esporádica de telefones infiltrados nas partes íntimas das esposas dos presos e ao pouco tempo de televisão.

Então vejamos se entendi: a direção dos presídios amazonenses atribui à perda de regalias inconstitucionais o clima de insegurança que impera nas prisões?

O que está faltando para que Os Folgados sejam isolados e mais intensivamente monitorados pela segurança? O que está faltando para que aparelhos celulares sejam apreendidos dentro das esposas dos bandidos, uma vez que a revista íntima já é prática corrente em outras regiões do Brasil? O que falta para que líderes de rebeliões e assassinatos sejam punidos? O que falta para impedir que presos cerrem as grades das celas e fujam? O que falta para punir agentes que facilitam as fugas, sistemáticas e corriqueiras? Será que, além de conviver com a impunidade dos ladrões das assembléias e câmaras municipais, precisaremos conviver com a impunidade de gente que protagoniza os crimes mais famosos do estado, como o assalto ao Banco do Brasil de Maués?

É perturbador saber que bandidos, encarcerados e cerceados na sua liberdade de cometer seus crimes, sejam tão poderosos, ditando as regras dos presídios e ameaçando a ordem interna dos mesmos no caso do descumprimento destas regras. É perturbador imaginar o dia em que os presos darão prazos para que a diretoria dos presídios os ponha em liberdade, sob pena de promoverem chacinas internas.

Enfim, é perturbador ver como são geridos esses lugares. E saber que essa gestão está a cargo de bandidos, que assaltam, roubam, seqüestram e matam inocentes todos os dias. E saber que, além de precisarmos nos engradar dentro de casa quando estes homens estão soltos, precisamos também torcer para que sejam pouco exigentes dentro da prisão.

quarta-feira, setembro 07, 2005

Sete de Setembro


Me ensinaram a cantar, de mão no peito, à frente da bandeira,
que um dia um povo heróico deu um grito à beira de um rio.
A liberdade teria brilhado bem no instante deste berro.
Me disseram que a gente conseguiu essa liberdade à força,
E que até morrendo eu deveria defende-la.
Então eu gritei, por anos, debaixo desse céu risonho e límpido,
Aquele “Salve! Salve!” no pátio da escola.
Cantei que somos gigantes, belos, fortes, impávidos colossos,
E que o meu futuro espelharia essa grandeza.

Disseram que meu país estaria pra sempre deitado
Num berço esplêndido, pois esplêndido este berço é.
Do som do mar nunca vieram ondas assassinas,
Nem do céu profundo vieram Katrinas,
O Sol do Novo Mundo sempre nos iluminou.
Nossos lindos campos sempre tiveram mais flores,
Nossos bosques sempre tiveram mais vida,
Nossa vida sempre teve mais amores.

E cantei, cantei mais,
O “Salve! Salve!” no pátio da escola.
Mas enquanto eu cantava,
Roubavam minhas flores e
invadiam meus bosques.

As estrelas e o verde dessa bandeira
Diziam “Paz no futuro e glória no passado”.
Esse hino dizia que eu não fugiria à luta,
Caso a justiça precisasse ser defendida.
Mas a justiça não mereceu a minha morte,
Essa justiça ainda não mereceu a minha morte.

Neste 7 de Setembro, dia de praia, cerveja e tevê,
Quero dizer, mais uma vez, como no pátio da escola,
Que das outras mil, o Brasil ainda é minha terra amada,
A minha terra adorada e idolatrada.

E que esses filhos da pátria, bastardos aprumados,
Crianças problemáticas e adolescentes rebeldes,
Vermelhos, azuis, canhotos ou destros,
Nunca me representaram.
Que essa gente feia, analfabeta, rococó e falastrona,
Nunca me representou.
Porque não cantei aquele hino, durante anos,
Pra acabar feito uma carcaça agonizante,
Disputada a tapas e pontapés por abutres e hienas,
gente torpe, baixa, desclassificada, letrada ou iletrada.

Nego, peremptoriamente, ser representado por Lula ou FHC, Severino ou ACMinho,
Porque minha pátria amada, idolatrada,
Não suporta mais. Nem o flosô da filosofia nem a esculhambação do improviso.
Nem a futilidade da loja cara, nem a futilidade do discurso revolucionário,
Nem o cinismo dos ora acusados, defendendo-se com a história,
Nem a hipocrisia dos acusadores, defendendo-se no discurso alheio.

Porque sou eu o filho deste solo, desta mãe gentil,
Que ainda teimo em chamar se Senhora. Essa terra chamada Brasil.


sábado, setembro 03, 2005

Meu momento Vida Bizarra


A semana que acabou, levando agosto consigo, foi surreal, pra amenizar bastante a parada. E uma semana dessas precisava terminar de maneira mais leve, até divertida. Mas o que aconteceu ontem não foi engraçado, e assim que eu lhe contar, por favor imagine-se no meu lugar. Bem, como todos os dias dessas férias não negociadas, eu caminhava com Fezes pelas ruas do bairro, à espera de que ela fizesse na rua o que tão bem faz em casa. Como todos os dias, Fezes se guardou e me fez andar muito, à toa. Então tudo aconteceu. Três garotas de uniforme escolar (sim, camaradas, garotas de uniforme), aparentando não ter mais de 13 anos, cada uma encorajada pela companhia das outras, começaram a dizer grosserias e a me cantar. No auge do mau gosto, uma delas chegou a dizer “Ei, olha pra cá, gatinho! Põe essa coleira em mim!”, enquanto as outras duas riam. Um horror. Propostas sobre a coleira, sobre a corrente, sobre minha bermuda e até sobre a beleza de Fezes me levaram ao fundo do poço dos humilhados. Como as pobres moças que passam em frente às construções. Foi assim que me senti. E Fezes, mais preocupada com todos os cheiros do chão, não fazia idéia do meu constrangimento.

Isso não vai ficar assim. Elas não sabiam que eu sou filho da diretora da escola, a escola na qual elas estudam. Já estou mexendo os pauzinhos para que a primeira medida da minha mãe, já na segunda-feira, seja a alteração de todas as notas das delinqüentes. Dois pontos a mais na média pra cada uma. Sem direito a recurso.

Severino, o jegue expiatório




Severino foi brindado com a edição desta semana de Veja.

Já está negando.

Peremptoriamente, claro.


sexta-feira, setembro 02, 2005

George, a restless stupid


Jorge Nobre, O Estudante de Inglês, não se emenda mesmo. Agora aproveita a notícia de que quase 1.000 iraquianos morreram num tumulto provocado pelo medo de um terrorista suicida e traça um histórico muçulmano de suicídios coletivos, falando em desprezo pela vida. Menino desonesto, esse Jorge. Sabe que em qualquer ponto do mundo onde haja imensas aglomerações de gente as possibilidades de uma tragédia são fortíssimas. Sabe que, nesses tempos de ataques terroristas diários em Bagdá – inaugurados com a invasão americana ao país -, o pânico é companheiro constante. Sabe também que já houve, no mundo civilizado, tragédias semelhantes, como a do estádio de Hillsborough, onde 96 fanáticos (!) torcedores do Liverpool morreram na ânsia de assistir seu time do coração jogar.


Civilizados morrendo como árabes, árabes chorando como civilizados


Jorge Nobre, O Estudante de Inglês que ainda escreve “how the mainstream media see the world”, arremata seu indispensável e relevante texto com o título “They will shame Bush”. Concede, mais uma vez, os louros da vitória ao presidente americano, por ter levado a democracia ao Iraque. E defende seu presidente do coração. Mas não tem jeito. Se houve a tragédia, é porque a multidão se assustou com o rumor de que havia um homem-bomba por perto. E desde quando homens-bomba dão expediente naquele país? Hein?

Mas Jorge Nobre, O Estudante de Inglês, não contava com os eventos de Nova Orleans, e está provavelmente aterrorizado com o que as pessoas em pânico são capazes de fazer, sejam elas americanas ou iraquianas. Como bem se pode ver, os diferentes povos voltam aos seus instintos selvagens de sobrevivência por diferentes motivos. Uns morrem pelo time, outros matam por comida e água, outros pela fé, outros porque perderam suas casas e seu carro financiado, outros pelo medo de morrer.

Jorge Nobre, O Estudante de Inglês, é a Marilena Chauí com o sinal invertido. Se ainda há quem defenda cegamente a burrice e a canalhice da Esquerda, há também quem defenda a burrice e a canalhice da Direita. Jorge Nobre, O Estudante de Inglês, não presta. Isso mesmo, simples assim. Mal dá pro gasto de conjugar uns verbinhos simples em inglês.

Lá vem mais pulseirinha


12,7% da população norte-americana vivem abaixo da linha de pobreza. A pesquisa, divulgada ontem à noite pelo Jornal da Globo, botou por terra o predileto e mais usado argumento dos amantes da América, o de que os EUA são uma imensa Manhattan, cosmopolita, chique e moderna. É claro, não sejamos ingênuos, ninguém esperava que um país tão grande tivesse índice zero de pobreza. Mas 12,7%?!

A cidade Nova Orleans, uma espécie de Rio de Janeiro americana, com sua música, sua mistura de gente e seu carnaval, está praticamente morta. Corpos flutuam em frente às casas, milhares de pessoas passam fome e sede, as doenças estão se espalhando e o caos das gangues e dos saques é total. Policiais se trancaram nas delegacias, com medo dos saques, e a governadora do estado os autorizou a atirar pra matar, como forma de restabelecer a ordem. O prefeito da cidade desabafou a uma rádio, reclamando da rapidez com que o governo americano aprovou a liberação de dinheiro para a invasão do Iraque, enquanto as tropas federais não chegam a Nova Orleans para levar socorro às vítimas da burrice. Sim, burrice, porque não foi o Katrina o algoz da cidade, e sim a falta de manutenção dos diques de contenção, construídos para represar o lago que rodeia a cidade. O caos chegou a níveis africanos. A violência saiu do controle e uma explosão sacudiu a área industrial (foto da CNN - não confunda com Bagdá) da cidade agora de manhã. As pessoas estão se matando por comida e água.

As autoridades mostram completo despreparo para lidar com a situação, o povo, no desespero, apela para cenas selvagens, típicas de povos inferiores, e o presidente, bem, o presidente estava novamente de férias, e novamente demorou a fazer alguma coisa. Paciência, americanos. Agüentem, foram vocês que o escolheram. Duas vezes.