terça-feira, janeiro 31, 2006

Oi, meu nome é Ismael


Juro que acabei de escrever um post, mas desisti. Era sobre um médico paulista, que escreveu um livro, contando como sua visão da profissão mudou, depois que seu filho, recém-nascido, morreu, por negligência médica, numa UTI super-equipada. Desisti, post bobo, bobo. Não consigo escrever nada que eu mesmo goste de ler, esses dias - essa talvez tenha sido a lição que o médico aprendeu. Não consigo ouvir meus discos, todos horríveis de doer. Não consigo gostar das conversas nem dos gostos, nem dos filmes nem dos outros. Acho que estou mal.

Perdão, por favor.

Próximo.


...Oi, meu nome é Isaque...
Oi, Isaaaque...


terça-feira, janeiro 17, 2006

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A felicidade da fé x A melancolia do saber


Quando escrevi isso, preferi não publicar, porque percebi que havia escrito em pleno 24 de dezembro. Mas gosto do tema - infelizmente gosto mais do que posso. Espero que nada seja interpretado erradamente.


Os juízes americanos arbitram, desde o final da década de 60 do século passado, o debate nacional, travado por evolucionistas e criacionistas, sobre o conceito de "Design Inteligente". Resumindo muito humildemente – há gente muito mais interessada e competente pra isso – o imbróglio, posso apenas dizer que os criacionistas, ou seja, todos os cidadãos formados e doutrinados no Cristianismo (por exemplo), cansaram de lutar contra a ciência da Teoria da Evolução, historicamente usada nas escolas americanas por ser extensamente embasada em fatos e comprovações científicas.

Insistir em enfiar goela abaixo dos alunos que o mundo existe há apenas 6 mil anos, que geólogos, paleontólogos, historiadores e arqueólogos, além de biólogos, matemáticos, físicos, químicos e toda a torcida do Flamengo esteja errada não colava mais. Então foi criado o conceito do D.I., com o qual os fundamentalistas cristãos pretendiam provar cientificamente – sem provas científicas – que a complexidade e a beleza da vida na Terra só podiam vir de um ser superior. O cinismo chegava às raias da admissão de que essa força superior poderia ser, inclusive, uma civilização alienígena. Em português claro: maquiou-se a idéia de Adão, Eva, a Maçã e a Serpente Malvada com um véu científico bem fuleiro, e se vendeu essa nova “ciência” aos estudantes americanos.

O ensino da evolução das espécies, essa idéia demoníaca, foi proibido durante boa parte do século XX nos Estados Unidos, sabia? Só em 1968 a Suprema Corte entendeu que a proibição era inconstitucional, pois tinha motivação expressamente religiosa. A constituição americana separa nitidamente o que é Estado do que é Igreja, ou seja, imagens, orações e ensino religioso são – ou deveriam ser – coisas proibidas (esses Founding Fathers eram uns frouxos mesmo...) nas escolas americanas. Nesse bojo ia o Design Inteligente, ensino religioso, ou mais precisamente “desensino” científico, disfarçado de ensino de Biologia.

Agora, depois que 11 pais processaram uma escola da Pensilvânia por ensinar Religião no lugar de Biologia, um juiz federal baniu o ensino do D.I. no estado. O motivo é simples: ensinar nas escolas que o universo só pode ter sido criado por uma inteligência superior (um desenhista divino) não é ensinar, é doutrinar. Atribuir fatos com comprovação científica a seres extraterrenos era sacanagem demais.

É claro, o assunto é delicioso, e não merece uma análise preocupada com limites de texto ou técnicas para uma escrita estimulante. Sou sempre carinhosamente chamado de ateu. Cético, aliás, porque chamar, hoje em dia, um ateu de ateu é como chamar um cego de cego ou um leproso de leproso. Os outrora ateus até já se autodenominam Brights. Um ateu hoje prefere ser chamado de um bright, uma pessoa que enxerga o mundo de forma mais, digamos, naturalista (“materialista” também não soa bem nesses tempos de tamanha elevação espiritual humana). E como as melhores ironias são as involuntárias, chega a ser gostoso saber que até os ateus já se dividem em denominações...

Contra tudo o que aceito como verdade, provada, documentada e analisada, sou um crente – no sentido amplo da palavra, não no sentido evangélico. O pouco que sei me impele a não acreditar em Deus, mas tenho fé que Ele exista. Minha formação religiosa é razoável, e não simpatizo com a idéia de ser pura matéria, que vai deitar de volta um dia e desfazer-se em fluidos putrefatos.

Aprendi a crer - eis a beleza e a melancolia da fé - que alguém muito grande, muito justo e muito poderoso está por aí, em algum lugar. Aprendi a louvar a Deus, nas lições dominicais que tive durante toda a infância. Aprendi que a fé, a crença naquilo que não se pode ver, independe de seu objeto de culto. Entre as segundas e as sextas freqüentei uma escola - batista! -, onde aprendi que evoluímos de outras espécies, que a terra tem cerca de 6 bilhões de anos de idade e que há 700 mil anos a Europa já era destino turístico muito procurado. A diretora da escola freqüentava a mesma igreja que eu, e é tentadora a idéia de achar que toda essa calmaria social entre o que aprendemos como ciência e o que aprendemos como crença é puro excesso de tolerância, ou que há paradoxos na vida que é melhor não questionar. Por isso nunca tive a coragem de perguntar a ninguém, em sala de aula, na igreja ou em casa, por que todo mundo aceitava ouvir coisas tão distintas, tão passivamente. Nunca tive a resposta, it is quite obvious. Quem teria respondido? O que teriam respondido? Não sei, só sei que ninguém me convenceria, com qualquer resposta, por um motivo simples: nossas escolas não são laicas como deveriam ser; nossos templos não são religiosos como deveriam ser. Exercer a fé é abdicar da lógica, é ter a humildade de assumir a pequenez desse corpo.

Ter fé é – e não há como dizer isso sem parecer irônico – a forma mais sublime, nobre e bela de se entregar à ignorância e ao medo. É é impressionante como a ignorância e o medo nutrem a fé, tanto que não há ateus inábeis na defesa de sua horrorosa falta de fé. O problema é que não há prazer na descoberta do vazio, e fica fácil preferir a bela alienação à melancólica realidade. Não há beleza nalguém que desacredita em tudo, e que posa como um jogador de videogame, que acabou de zerar o jogo e assiste, arrogantemente, a morte dos competidores crentes nas fases anteriores. O ateu é feliz como o pessimista: regozija-se quando as coisas dão certo e quando dão errado. O ateu não torce por nada nem por ninguém. É humilde e insuportavelmente superior, motivo pelo qual o ateísmo nunca foi uma religião muito séria pra mim. Eu não acredito em ateus, pelo menos os ativistas. Ter fé ajuda a trazer felicidade (ou inibe um pouco a infelicidade), ainda que seja apenas um placebo para aliviar as dores seculares do mundo. Paciência.

No fim das contas pouco importará quem estava certo, os ateus ou os crentes. Isso é mero debate de idéias - e um dos poucos assuntos que conheço que não combinam com uma garrafa de Logan. O que terá importado, eu tenho fé nisso, é como cada um terá vivido essa vida. Até onde sei, ninguém veio contar se há outra.

Mas talvez eu esteja sendo apenas cretino, ainda agarrado à barra da saia de Deus, Jesus, Céu e Inferno, em vez de, sem culpa, abrir uma garrafa de vinho e curtir a sensação de que é isso, this is it. Eu simplesmente acredito. Por favor não me peça para explicar por quê.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

A vitoria do Baixo Clero, de novo




Voce sabe que algo esta muito errado quando o Box do Chaves, do Chapolin e do Chespirito esta entre os mais vendidos. E quando uma lan-house nao faz impressoes. E quando um micro nao acentua. E quando...

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Bad, bad profile...


Lembra quando você descobriu que precisava, a bordo de botes de borracha, impedir que cachalotes fossem arpoadas por navios pesqueiros japoneses, se quisesse aquela vaga de trainee naquela multinacional? Lembra quando descobriu que precisava dar sopinha na boca dos velhinhos do asilo – e tirar fotos disso – para concorrer, com melhores chances, àquela posição de estagiário naquele banco holandês? Esqueça. Assim como curso universitário deixou de ser plus e virou pré-requisito básico pra no currículo, agora o importante é ter o Orkut bonito.

Não entendeu? Pois se apresse: reza a cartilha do bom aspirante a assalariado que estar antenado é tudo, e se você ainda não sabe disso, vá se preparando para ouvir um “obrigado, nós vamos estar entrando em contato com você brevemente”. Seguinte: além de toda aquela filantropia pra cumprir currículo, agora é necessário tomar cuidado com o que há no seu perfil no Orkut, aquele portal de relacionamentos da Internet, com 13 milhões de usuários no mundo, sendo 9 milhões deles brasileiros, esse povo tão ligado à Internet, essa ferramenta tão importante à evolução humana.

Aquela revista semanal que odiamos amar traz uma espécie de manual do orkuteiro desempregado, com dicas valiosas como “evite ter fotografias em situações constrangedoras, com roupas íntimas ou bêbado em festas”, “evite estar cadastrado em comunidades com assuntos tolos, como ‘bebo até cair’ ou ‘assisto a todas as novelas da TV’”, ou ainda “tenha uma ampla rede de amigos. Isso indica sociabilidade” e “colecione depoimentos de amigos com comentários elogiosos”.

Sem que o candidato saiba, as empresas andam espionando sua vida pessoal, atrás de traços individuais como “Adoro ouvir música evangélica no trabalho, e canto junto” ou comunidades do tipo “Eu odeio meu chefe”. Gente boa – e desantenada com as modernas técnicas de RH, viu? – já deve ter perdido cargos de gerência por causa de comunidades como “Detesto acordar cedo” ou “Sou fissurado em explosivos plásticos”. A pretensa questão ética levantada pela revista polariza as investigações orkuteiras, feitas pelas empresas, e a opinião de alguns especialistas em recrutamento, que discordam de quem faz isso. De um lado, as empresas não resistem a dar uma “espiadinha” nas fotos e na página de recados dos candidatos. No outro lado os especialistas, que vêem o perigo dos perfis falsos e das vinganças pessoais. O que garante, à empresa espiã, que aquele perfil depreciativo, de participante de comunidades como “Esse ano tem copa, vou falsificar atestado”, foi mesmo criado pelo candidato à vaga?

Todo brasileiro tem o seu Orkut. Eu tenho meu. Não o visito muito, é verdade. Entro uma vez por semana, recebo umas florzinhas e uns palhacinhos com mensagens de “Bom final de semana!!!!!!”, “Feliz 2006!!!!” e “Passei só pra dar um Oi!!!!!”, e então saio. Não tenho tesão em reencontrar amigos da escola, cheios de filhos e de quilos a mais. Não tenho tesão em “conferir” comunidades com nomes engraçadinhos. Nada contra quem usa muito, não sou daqueles raivosos que acham fútil viver de dar “ois”, “tchaus” e “bjus”. Só não curto a parada.

Mas tudo mudou. O Orkut é mesmo uma dessas maravilhosas peculiaridades nacionais, como o cheque pré-datado, o direito constitucional ao primeiro assassinato e a capacidade de rir – e apenas de rir – da própria desgraça. Eu, relapso usuário dessa imprescindível ferramenta da vida moderna, vou precisar rever meus conceitos e dar uma atualizada no meu perfil. Desde já peço aos amigos, as centenas de incautos que receberão meu convite ainda hoje, que falem de mim, dêem seu testemunho camarada. Sei lá, falem da minha paixão pelo sucesso, do meu jeito atencioso de ser, daquele urso panda gigante que salvei quando viajei a Pequim, coisas do gênero.

Não participo de comunidades “Abro firma pra poder receber salário, mas depois meto na justiça” ou “Curto fazer xixi escondido no sofá do escritório”, mas isso já não basta. Neste mundo do trabalho, aliás, nada basta. Vou criar comunidades mais, digamos, adequadas às expectativas das empresas, como “Salário pra quê?”, “Adam Smith e Jack Welch são Deus e Jesus pra mim”, “Topo tudo por uma marmita”, “Recrutadores são sexy”, “Odeio minha mulher e meus filhos”, “Adoraria trabalhar no Uzbequistão”, “Eu Amo Receber pelo Bradesco” e “Sou ostomizado, não preciso de banheiro”.

Agora é esperar que milhares de paulistas me adicionem como amigo, aceitar os convites, claro (lembra do mandamento da sociabilidade, aí acima?), criar minhas comunidades e fazer umas fotos de escritório, de caneta na orelha e preferencialmente sendo aplaudido por líderes sindicais cativados pelo meu carisma. De quebra, vou mandar, pros murais de recados dos milhares de amigos que vou ter, uns peixinhos e ursinhos, feitos de caracteres, formando a frase “Falsifico licenças de Windows em troca de vales-transporte”.

Aguardem, finalmente meu Orkut vai bombar.

sábado, janeiro 07, 2006

Uma homenagem ao Homem da Paz




Um post necessário sobre Ariel Sharon


Sábado, melancólico sábado


Sobre abacateiros, telhas e solidão.

O Beto conseguiu duas proezas:

A de escrever poesia pura, e em prosa.

E a de quase me derrubar, ladeado, numa lan-house, por moleques de 10 anos gritando palavrões imundos ao som de Rammstein.

Maestro Salieri, arreda um pouco pra eu me sentar aqui também...


Feliz Natal ou Boas Festas?


Quarta, 4 de janeiro de 2006, 17h27

Corte italiana decide sobre a existência de Jesus

A corte de Viterbo, na Itália, decidirá sobre a existência de Jesus dentro de poucos dias. Um religioso recorreu à Justiça alegando que a Igreja Católica estaria desobedecendo duas leis italianas ao impor sobre a idéia de uma figura divina.

O caso está confrontando dois padres que estudaram em um mesmo seminário: Luigi Cascioli, que tornou-se ateu após anos de estudo, e Enrico Righi, um padre que escreve para um jornal pasiense e que será a defesa do caso.

Cascioli defende que a idéia da existência de Jesus está relacionada ao obscurantismo e à regressão da Igreja Católica. Para ele, a instituição não estaria obedecendo a duas leis italianas, sobre abuso de crença popular e personificação. O religioso prega que a figura de Jesus Cristo foi construída com base na personalidade de João de Gamala. O homem foi um judeu que lutou contra o Exército de Roma no século I.

Em contrapartida, Righi diz que a existência de Jesus é comprovada historicamente, através de textos e documentos. Mas se diz tranqüilo porque garante que a Justiça está ao seu lado.

Cascioli diz estar ciente que será uma tarefa difícil convencer a corte. "Precisaria de um milagre para vencer", brincou. Os religiosos começam a ser ouvidos no dia 27 de janeiro.

Fonte: Reuters

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Notas de segunda(s)-feira(s)


Inspirado na capa de Veja com Ana Carolina, Ronaldinho Gaúcho, eleito duas vezes o melhor jogador do mundo, mandou recado para Frank Lampard, o segundo colocado: “Sou bi. E daí?”

“Robinho está com problemas de adaptação no Real Madrid”, diz seu representante. Recebo a notícia com extremo pesar e consternação, mas, acima de tudo, com temor. Temor de que o ex-futuro-novo-Pelé volte ao Brasil.

"O país não deveria ficar tão certo disso - há exigências, e o Brasil deve cumprir todas elas. Copa do Mundo é algo sério. Não basta ter praia como Copacabana" - Joseph Blatter, sobre a CBF já dar como certa a escolha para sediar um Mundial de 2014, numa entrevista à Folha de São Paulo. Danou-se.

Entre 200 e 400 mil pessoas morreram, um ano atrás, vítimas das tsunamis na Ásia. Que as famílias das vítimas, de todos os cantos do planeta, tenham paz neste triste 26 de dezembro.

Italianos e argentinos, conta o jornal espanhol As, suspeitam de trapaça no sorteio da Copa da Alemanha. Italianos desconfiam de Matthäus, argentinos desconfiam de, surpresa!, Pelé. Estranho seria não ver italianos e argentinos reclamando de alguma coisa.

Quer ver? O jornal La Nación, da Argentina, diz que Lula “roubou a idéia” de Kirshner de pagar dívidas com o FMI. O Clarín, também argentino, sugere que Lula teria “traído” Kirshner, pagando 15,5 bilhões de dólares ao FMI sem avisar o colega argentino. Lula respondeu acenando ao colega, numa alusão subliminar ao placar da final da Copa das Confederações.

Lula deu entrevista de mais de meia hora ao Fantástico do último domingo. Contabilizados os ganhos da emissora com a exclusividade da entrevista a Pedro Bial, a Globo informa que perdeu mais de meia hora de sua programação no horário nobre do primeiro dia de 2006.

Em nome da honra, o paquistanês Nazir Ahmed degolou uma enteada e três filhas. A enteada morreu porque teria cometido adultério. As filhas, de 8, 7 e 3 anos de idade, morreram para não fazerem o mesmo. É duro ter que concordar, às vezes, com alguns reacionários da Internet nacional, quando dizem que boa parte do mundo muçulmano é simplesmente selvagem e irracional.

O vereador Dalton Silvano (PSDB-SP) foi "agraciado" com o primeiro lugar da 8ª Corrida de São Pilantra, disputada nesta quinta-feira em São Paulo. A corrida é promovida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

A polícia paraguaia fez uma apreensão inusitada durante uma operação de rotina na capital Assunção: um pé de maconha transformado em árvore de Natal. A "árvore" tinha os adornos tradicionais da ocasião, como luzes, bolas e cartões. Carlos Vieira, 19 anos e dono do enfeite, foi preso. Contou à polícia que não montou a árvore, mas que a ganhara de presente de uma legião de duendes alados, na noite anterior, como comemoração de fim de ano no longínquo planeta THC, localizado – ainda segundo o adolescente – a milhões e milhões de anos-luz da Terra.

Preocupada com a situação dos foliões que estavam em trânsito por países muçulmanos, a redação da BBC Mundo publicou nota com o didático título “Onde encontrar álcool no Oriente Médio”. A despeito da chamada, a matéria não ajuda muito. Só avisa que em países como o Kuwait, por exemplo, onde as perfumarias não têm regulamentação sobre teores de álcool em seus produtos (diferentemente da Arábia Saudita), a solução de muita gente é tomar porres de perfume.

Uma empresa americana criou uma guitarra que se afina sozinha, com 240 afinações diferentes à disposição do guitarrista. Com o invento, está ameaçada a mania de alguns músicos de afinar suas guitarras no palco, enchendo a paciência de suas platéias. As platéias agradecem. O problema agora será outro: uma nova horda de guitarristas de final de semana entrará no mercado, para a total desgraça de tímpanos mais conservadores, como os meus.