sexta-feira, setembro 02, 2005

George, a restless stupid


Jorge Nobre, O Estudante de Inglês, não se emenda mesmo. Agora aproveita a notícia de que quase 1.000 iraquianos morreram num tumulto provocado pelo medo de um terrorista suicida e traça um histórico muçulmano de suicídios coletivos, falando em desprezo pela vida. Menino desonesto, esse Jorge. Sabe que em qualquer ponto do mundo onde haja imensas aglomerações de gente as possibilidades de uma tragédia são fortíssimas. Sabe que, nesses tempos de ataques terroristas diários em Bagdá – inaugurados com a invasão americana ao país -, o pânico é companheiro constante. Sabe também que já houve, no mundo civilizado, tragédias semelhantes, como a do estádio de Hillsborough, onde 96 fanáticos (!) torcedores do Liverpool morreram na ânsia de assistir seu time do coração jogar.


Civilizados morrendo como árabes, árabes chorando como civilizados


Jorge Nobre, O Estudante de Inglês que ainda escreve “how the mainstream media see the world”, arremata seu indispensável e relevante texto com o título “They will shame Bush”. Concede, mais uma vez, os louros da vitória ao presidente americano, por ter levado a democracia ao Iraque. E defende seu presidente do coração. Mas não tem jeito. Se houve a tragédia, é porque a multidão se assustou com o rumor de que havia um homem-bomba por perto. E desde quando homens-bomba dão expediente naquele país? Hein?

Mas Jorge Nobre, O Estudante de Inglês, não contava com os eventos de Nova Orleans, e está provavelmente aterrorizado com o que as pessoas em pânico são capazes de fazer, sejam elas americanas ou iraquianas. Como bem se pode ver, os diferentes povos voltam aos seus instintos selvagens de sobrevivência por diferentes motivos. Uns morrem pelo time, outros matam por comida e água, outros pela fé, outros porque perderam suas casas e seu carro financiado, outros pelo medo de morrer.

Jorge Nobre, O Estudante de Inglês, é a Marilena Chauí com o sinal invertido. Se ainda há quem defenda cegamente a burrice e a canalhice da Esquerda, há também quem defenda a burrice e a canalhice da Direita. Jorge Nobre, O Estudante de Inglês, não presta. Isso mesmo, simples assim. Mal dá pro gasto de conjugar uns verbinhos simples em inglês.