segunda-feira, outubro 17, 2005

Notas de segunda-feira


Bardot, nossa dogo argentino, vulgarmente conhecida como Fezes, precisa de novo nome. Depois de se soltar misteriosamente e destruir parte do jardim novinho da Mansão Benigna, chamar-se-ia Katrina. Agora, depois de desfazer novamente o engate de sua correia, se lambuzar inteira em terra preta e amanhecer alva feito camiseta de comercial de sabão em pó, precisa de nova alcunha. Já pensei em McGyver, Carrie, a Estranha e Mãe Diná. Mas o concurso “Dê um nome para nosso ET” está lançado.

Genial como só ele sabe ser, o Brasil agora divide sua nação de ignorantes indefesos nos eixos do Bem e do Mal. Quem vai votar NÃO é amante de armas, quem vai votar SIM é pela vida. E segue a ladainha de que a democracia brasileira está sólida e de que o povo aprendeu a votar.

O Jornal Hoje acaba de noticiar que um garoto matou um colega, dentro de sala, acidentalmente, quando mostrava duas armas aos colegas. Sabe-se que as armas foram adquiridas há dois anos, por duzentos reais cada uma. A Globo só não investigou, ou não quis contar, qual foi a loja legalizada que vendeu as armas ao rapaz.

Delúbio Soares acaba de dizer, em entrevista, que “as denúncias de corrupção vão virar piada de salão”. Depois ainda tem gente que acusa o cara de nunca falar a verdade...

Os blogs “do Josias de Souza” e “do Fernando” encabeçam as manchetes do UOL. E ainda tem gente torcendo o nariz e fazendo “hummmm” pra quem mantém blogs na Internet...

A pior coisa de estar em casa, sem tevê a cabo, é ouvir aquela voz legal comentando o filme da Sessão da Tarde: “Agora essa turminha vai viver altas aventuras e loucas armações!”

Alguém tem, de cabeça, o nome do remédio pra depressão pós-parto? Falo do meu.

Brainstorming: Não há nada mais anti-romântico do que, no motel, escolher os discos românticos que se quer que ela ouça. Aliás, há sim, algo mais anti-romântico: vinho Peter-brum do frigobar ou Mioranzas e Galiottos comprados na lojinha de conveniência próxima ao motel.

Não estranhe, estou ouvindo um discaço chamado Sexy Vibes.

Brainstorming 2: a música é sempre espontânea nos filmes. Cenas de amor, mesmo numa cabana dos Alpes, sempre têm à disposição um Chet Baker ou um Damien Rice por perto. Já que você não tem, finja que aquele Eagle Eye-Cherry ou aquela Billie Holiday tocando assim que ela entra no carro estavam tocando ao léu, despretensiosamente. Isso é metade da conquista, meu caro. A outra metade é saber dançar.

É, ainda estou ouvindo Sexy Vibes, sozinho.

Cadê você, Meu Amor, que não chega?...