quarta-feira, dezembro 28, 2005

Votos de fim de ano


Recesso de final de ano.
(Não fui convocado extraordinariamente)

Tenha saúde.
Seja honesto.
Ajude o próximo.
Sinta paz.
Realize-se no trabalho.
Ame sua mulher.
Ame seu homem.
Tenha saúde.
Aprenda a votar.
Respeite seus pais.
Proteja seus filhos.
Ganhe dinheiro.
Faça sucesso.
Siga as regras.
Tenha saúde.
Seja pontual.
Odeie mais. Faz bem.
Tenha amigos.
Seja amigo.
Beba.
Faça o Bem.
Tenha saúde.
Caminhe mais.
Viaje.
Leia mais.
Faça amor.
Grite.
Ligue para os amigos.
Ouça música.
Troque de carro.
Pare de fumar.
Seja bom.
Seja feliz.
E tenha saúde.


quinta-feira, dezembro 22, 2005

Crash test em San Ciro



O atacante Adriano, da Internazionalle de Milão, ficou inconsciente, nesta quarta-feira, depois de chocar-se violentamente com um jogador adversário, em jogo pelo campeonato italiano. O estádio ficou apreensivo durante os longos minutos em que o jogador brasileiro esteve desmaiado. Já na maca, Adriano começou a recobrar os sentidos. O técnico do time preferiu poupá-lo do restante da partida e enviá-lo ao hospital, onde exames mais profundos seriam feitos. O jogador adversário que protagonizou a trombada com o brasileiro ainda não foi encontrado.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Alguém, por favor, tire essa imagem da minha frente


clique para versão maior da imagem


A Virgin Records acaba de criar mais um adicto no seu concurso. A imagem acima faz alusão a 74 bandas. Algumas são fáceis, outras não. Só um aviso: se você gosta de música como eu (especialmente a estrangeira), você vai ficar louco. Clique na imagem para uma versão maior. A indicação foi da revista Veja, e eu consegui identificar pouco mais de 30 bandas. É claro que não vou entregá-las, tente e me diga quantas encontrou. Quando levantar, aproveite e vá ao banheiro por mim, que eu estou ocupado...

terça-feira, dezembro 20, 2005

Você está convidado


Realiza. Você entra no restaurante. Encontra aquelas mesas enormes, enfileiradas ao estilo linha de produção, mesinha com mesinha num desenho lógico, divididas em empresas, numa cena que lembra (visualmente também) aquelas tomadas aéreas dos depósitos de Auschwitz. O restaurante é o seu preferido, mas a sua mesa preferida não existe mais, está perdida num mar de toalhas brancas, salpicadas de celulares, crachás e chaves de carro. O garçom que sempre lhe atende mal lhe atende, e lhe conduz a uma mesinha de canto, improvisada perto da porta, espaço reservado nesta época aos fumantes, aos portadores de doenças contagiosas e aos desavisados que ali entram sozinhos. Você releva ao ver que os garçons estão todos assim, semblantes transtornados, com aquelas bandejas repletas de refrigerante e cerveja, ziguezagueando entre as mesas numa rebolativa marcha atlética em alta rotação. É, o termo é chulo, tire as crianças da sala: você está numa “confraternização de final de ano”.



Claro, você, incauto e desatento cidadão, não participa dessas coisas, ou porque não trabalha ou porque mantém princípios pessoais intactos contra visitas ao inferno. Bom, o fato é que você precisa almoçar, e hoje havia decidido comer aquele rodízio de churrasco. Então é ali que você fica. Por pura curiosidade mórbida, decide assistir àquilo tudo.

Às 12:00, 12:30, tudo ainda está em perfeita ordem - tudo falso. A chegada é civilizada e há uma timidez coletiva no ar, como se aquelas centenas de pessoas estivessem todas na sala de espera do consultório médico, constrangidamente lendo uma revista que, de tão atual, ainda conta os bastidores do casamento eterno do ano, entre Adriane Galisteu e Roberto Justus.

Mas é fim de ano, e o pandemônio vai começar. CDs e mais CDs, embrulhadinhos com papel de presente da loja, começam a cruzar as mesas, entre petiscos de lingüiça e copos de cerveja. CDs dispensam o trabalhão que dá conhecer os gostos do colega, e com as brasileiríssimas listinhas, cada um ganha exatamente o que quer. Outra vantagem do amigo secreto de empresa é que você (você não, eles!) sempre tem a opção de fazer como o presidente, e comprar aquele lançamento da dupla-solo Bruno & Marrone por apenas sete real, nos melhores camelôs do ramo.

É nesse momento, o momento do amigo secreto, que as flores começam a desabrochar, com toda sua graça e delicadeza. Flashes fotográficos parecem estar todos voltados pra você, e você come sua picanha com a sensação de estar apertando as mãos do Kofi Annan. Os beijinhos de antes viram abraços calorosos, os copos começam a secar mais rápido, e a gritaria começa. Agora, além de abstrair o espetáculo de luzes, cores e tipos humanos, você precisa abstrair também a euforia ensurdecedora de gargalhadas, berros e palmas. Numa festa de confraternização de fim de ano tudo é engraçado, divertido e emocionante. Coraçõezinhos de frango e pão de alho à vontade, enquanto o chefe não chega e o almoço não começa.

Você se identifica, de certa forma, com a ala evangélica daquelas turmas – e todas as turmas têm a ala evangélica. Bebendo guaraná Antarctica com aqueles sorrisos amarelos e com aqueles cabelos longos, parecem compartilhar com você o anúncio da indigestão vindoura. Estão sofrendo, como você, e procuram agarrar-se à sua fé fazendo aquelas oraçõezinhas de 17 minutos, em silêncio, com o cotovelo esquerdo apoiado à mesa, o gesto contrito do polegar e do indicador segurando o nariz, agradecendo pela benção da comida. Então os garçons servem o grosso: a picanha e a maminha. Você, em sua reles insignificância de cliente solitário, recebe o que restou de cada espeto, de cada corte. E, como quem corta o braço de um inimigo no front, num só golpe o churrasqueiro lhe despejará no prato um pedaço de carne crua, equivalente a meia alcatra. Você não terá tempo de reclamar; ele já terá ido pegar mais carne para “os com crachá”.

Alguns copos de chope tombam, molhando as pernas de alguém que muito provavelmente não bebe, o que também causará urros, gargalhadas, palmas e aquele “êêê...” descontraído e cativante, próprio dos estádios de futebol e dos restaurantes. Os garçons começam a receber puxões nos braços e pedidos individuais por cortes preferidos. Colegas que não se cheiraram durante o ano já trocam declarações do tipo “saiba que eu ji conzidero bagaraio!”.

O ciclo então se repete. Mais copos vão cair, mais gritos vão ecoar e mais fotos panorâmicas vão ser tiradas nas cabeceiras das megamesas. Muitos CDs, de todos os estilos - pagode - serão trocados. Todos discordarão da conta e reclamarão da carne, mas o importante terá sido a descoberta do amor incondicional à empresa e aos colegas, a paz na terra, o ecumenismo entre crentes e bêbados, pagodeiros e roqueiros, puxa-sacos e estagiários, secretárias gostosas e velhas invejosas.

É tarde de segunda-feira, e muitas confraternizações de final de ano ainda vão acontecer. Proteja-se.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Notas de segunda-feira


O país mais democrático, justo e cumpridor de leis do planeta, que mantém prisões secretas em vários países, onde interroga – sem tortura! – pessoas detidas sem acusação formal, julgamento ou direito de defesa, mostra-se cada vez mais. Bush admitiu, irritado, que autorizou pessoalmente, por mais de trinta vezes, escutas telefônicas clandestinas. Foram 500 americanos e 7 mil estrangeiros os agraciados com o monitoramento da NSA, a estatal americana criada para vigiar o mundo inteiro. Viva a liberdade!

Netinho de Paula, aquela aberração que geme enquanto canta e gosta de dar uns tabefes em mulher, iria fazer um show de gemedeira, em Piracicaba. Iria, porque o show foi cancelado. O motivo? Foram vendidos 13 ingressos. Netinho agora procura os filhos que não compraram entrada, pruma conversinha ao pé do ouvido.

Um alemãozinho de quatro anos morreu, em casa, ao tentar salvar seu gato de um incêndio. O gato também morreu, mas já deu entrada no pedido de autorização para usar outra de suas vidas.

O professor Lucio Capurso, do Hospital San Filippo Neri de Roma, na Itália, recomenda sexo durante o Natal, como forma de aliviar a sensação de estômago estufado, causada pelos pratos pesados desta época. O partido Republicano americano já estuda autorizar escutas clandestinas no hospital romano. O professor Lucio teria claramente atentado contra Jesus, Maria e a fé de Dick Chenney com suas declarações.


Dona Ivone, artista plástica que assistia tevê com a família em seu apartamento, no Rio, foi brindada com uma bala de fuzil na nuca. Perdeu a novela e estrelou a foto do dia. Ainda bem que Manoel Carlos está vindo aí...

O Brasil já está em campanha pelo Oscar. Vai começar a chatice de ver Dois Filhos de Francisco em todo lugar. Vamos comprar pipoca e guaraná, e esperar por mais essa frustração nacional em Los Angeles, ano que vem. Assim, o país prova que não tem mais o que fazer, além de sua vocação para a derrota.

Manchete da semana passada, no UOL: Beatles processam gravadora EMI em disputa por royalties. Paul McCartney e Ringo Star, além de parentes de Lennon e Harrison, mostram que o sonho não acabou.



Naomi Watts, perfeita aqui. King Kong tinha bom gosto.


São Paulo, tricampeão do mundo. Curitianos e parmerenses já movimentam o Orkut, agendando nova sessão de espancamentos e assassinatos, na cidade mais cosmopolita do país. Parabéns, tricolor. E se cuidem.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Ah, se houvesse concurso público pra isso...


Reportagem de hoje no jornal O Globo nos conta que, entre este dezembro e o próximo fevereiro, três meses segundo minhas contas, nossos 513 (quinhentos e treze) defilhadaputados receberão 8 (oito) salários. Só a auto-convocação, decidida ontem, nos custará 100 (cem) milhões de reais. Segundo nossos representantes legislativos, que a cada 4 (quatro) anos contam com nosso voto livre e espontâneo, votações importantes sobre a reforma política e o orçamento de 2006 (dois mil e seis), não votadas durante todo o ano, não podem ser postergadas. Bom, entre salários, décimo terceiro, auxílio para início e fim de sessões (!) e convocação extraordinária, são 8 (oito) mensalões, estes completamente legais – legalizados por eles, nossos representantes, eleitos democraticamente. Não torça o nariz e deixe de inveja. O que você faria se estivesse lá?

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Cutucando a onça com vara curta




Lembra quando ele dizia que cada brasileiro iria comer três vezes por dia?

De Leonencio Nossa em O Estado de S. Paulo, hoje:

"O comandante do Exército, general Francisco Albuquerque, reclamou ontem que militares não estão conseguindo fazer as três refeições por dia.

Em depoimento na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, ele disse que 52% dos canhões da força são da Segunda Guerra, os fuzis têm 40 anos, os blindados Urutus foram comprados em 1971 e as fardas das tropas estão incompletas.

"O homem tem direito de tomar café, almoçar e jantar, mas isso não está acontecendo", disse Albuquerque, ao comentar as poucas verbas para alimentação dos militares."


quarta-feira, dezembro 14, 2005

Keep walking. And shitting, Johnny


Já faz algum tempo que tenho, digamos, distúrbios alimentares freqüentemente. Já falei com médicos, já fiz exames e já tomei remédios, mas nada adiantou. Já desconfiei do álcool, do tabaco e do alho e do azeite na comida. Já sonhei com câncer, nó nas tripas, com aquela ladainha de “intestino funcionando como um reloginho” do Lactopurga. Já cheguei a chorar, quietinho, de noite, em meio a cólicas absurdas e à impaciência da situação. Não consigo resolver. Então um dos médicos que me consultaram falou em Síndrome do Intestino Irritável, uma disfunção causada na maior parte das vezes por estresse, nervosismo e coisas similares. Pode não ser isso, mas fez algum sentido saber que essa tal síndrome progride à medida que o paciente tem cada vez menos paciência com o que o rodeia. Dissabores bobos como os do trânsito, medianos como as contas pra pagar e sérios como casos de saúde – ou a falta dela – na família podem trazer situações chatas, dores desesperadoras e até certo desânimo. Depressão ajuda. Não o paciente, a doença, claro. Raiva, rancor, ansiedade, tristeza, enfim, tudo o que é ruim. O médico examinou, examinou e examinou. Acha que é isso, mas pode ser outra coisa mais séria, o que pra mim, infelizmente não será novidade. Enfim, a situação é aquela, patética, em que fico cá, torcendo para que o meu problema seja apenas estresse, depressão, raiva, tristeza, nervosismo e umas fugas ao banheiro no meio da noite, quase sempre mal dormida. Tristes esses tempos modernos, em que insondáveis mistérios da alma e da mente fazem toda a diferença na porra do funcionar do seu reloginho...

terça-feira, dezembro 13, 2005

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Mas que jaraqui caro e passado, esse!


Faz parte da cultura artística da minha capital o tripé ócio-álcool-governo. Escutando os eternos programas de música brasileira de Manaus, posso ouvir os artistas locais, freqüentadores assíduos do Bar do Armando e do Galvez Botequim, reclamando da falta de apoio das autoridades aos artistas da terra molhada e do cheiro de peixe. É que esse pessoal não sabe criar sem uma mesadinha do povo. E o problema não é esse, pois pra gravar, se apresentar, viajar e fazer pose, essa turminha de dez ou doze intrépidos cantadores de Porto de Lenha ganha muito bem do Governo do Estado, ou seja, eu e você. E haja choro no programa Mesa de Bar. Todos os empurrõezinhos que essa turma recebe de Robério Brega não adiantam, em parte porque o povo não agüenta mais ouvir esse ufanismo regional sobre as tarrafas e o cheiro de peixe que tem a cabocla – que por isso deve ser uma cabocla meio fedida. Se há outro motivo, é essa panelinha Célio Cruz – Lucilene Castro – Zezinho Corrêa – Torrinho – Márcia Siqueira – Lucinha Cabral e outra meia dúzia de eternos funcionários do Governo do Estado (ou seja, eu e você) cantando as mesmas músicas que cantavam quando ainda éramos todos néscios ouvintes do sempre paupérrimo Festival Universitário de Música da UFAM. Deve haver motivos para essa mesmice regada a dinheiro do povo. Um deles eu conheço: falta tempo pra compor algo (ainda que seja algo que não preste) entre umas e outras, cervejas e discussões frívolas sobre os efeitos das novelas globais na cultura popular, sempre travadas ali no Galvez. Não falta apoio governamental a essa gente – o que, aliás, sobra. O que falta é mais ostracismo, mais horas de sobriedade e uma pitada de vergonha na cara.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Daslu x Daspu


As prostitutas profissionais de São Paulo ganharam uma loja própria, a Daspu. Isso mesmo, Daspu. Imediatamente Eliana Tranchesi, dona da Daslu e afamada fraudadora fashion, estelionatária chiquérrima e sonegadora de impostos cheia de charme (não sou eu quem diz, é o Ministério Público), pôs a Daspu na justiça, exigindo que o nome da loja fosse mudado. Os argumentos? As prostitutas profissionais poderiam denegrir a imagem da Daslu, voltada, entre outras coisas mais, a atender prostitutas amadoras e políticos profissionais - estes sim, potenciais clientes da Daspu.

Acontece que a Daslu não precisa que denigram sua imagem. A Daslu precisa é de clientes e de novos esquemas de fraudes em importações, se não quiser fechar as portas. Eu até sugeriria que a Daspu realmente mudasse de nome, para evitar que as pessoas a confundissem com a Daslu. Afinal de contas, a Daspu é frequentada por moças que, estas sim, trabalham. E, estas sim, trabalham honestamente.

Daspu, a loja da vida. Ótimo, não?

terça-feira, dezembro 06, 2005

Para Dodora


Acredito que a discrição é uma das qualidades das pessoas verdadeiramente boas, elegantes e sérias. Acabei de receber, via email, a notícia de que o Presidente Nacional da OAB, Roberto Busato, se surpreendeu com fato de que, em Manaus, o desembargador do TJ-AM, João de Jesus Abdala Simões, contratou para sua assessoria os dois primeiros colocados no exame da OAB, em detrimento dos tradicionais parentes e filhos de colegas. A nomeação eu já conhecia, a surpresa de Busato, não.

Pois bem, uma delas é Maria Auxiliadora Benigno, que vem a ser minha irmã. O que me chamou a atenção, conhecedor que sou da inteligência e da competência da moça, foi o fato de ela ter enviado a notícia apenas aos parentes mais próximos. Um primor de elegância. Mas não posso deixar isso passar. Como vivemos num país assolado pela anti-meritocracia, qualquer drops de bom senso e de justiça precisa ser alardeado, e não vou ser eu, esse irmão coruja e orgulhoso, que vou deixar isso passar em branco.

Minha irmã, você sabe que a sua capacidade não me surpreende. Aliás, isso é muito pouco pra você. Guardarei esse pequeno recorte como recordação, como o início de uma carreira belíssima e cheia de grandes feitos e sucessos. Ser escolhida pelos seus méritos é o mínimo que merecem todos os que fazem jus a isso. E que bom que a grata surpresa tenha vindo com o reconhecimento do seu trabalho.

Você sempre me orgulhou muito, desde menina, quando quis ser advogada e não conseguia fugir do nervosismo das provas. Desde sua graduação em Administração, sua graduação em Direito - e certamente na sua próxima graduação, em Psicologia. O trabalho, a paixão e a gana por conhecimento, pela correção e pelo futuro sempre foram lições valiosas para esse irmão mais velho que não cansa de aprender com você.

Aproveite o sucesso e mostre a eles do que você é feita. Seja simplesmente a Dodora, a Maria, a minha irmã. Basta isso para que essa "premiação" seja apenas o ponto de partida de uma carreira belíssima no Direito.

E me desculpe a indiscrição. O orgulho falou mais alto.

Ismael

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Notas de segunda-feira



Bunito, hein, Curítia!


Funcionários do PT, que não receberam seus salários de novembro, entraram em greve. Para resolver o problema financeiro do partido, deputados e senadores saíram em campanha para arrecadar dinheiro para o diretório central e ajudar o partido a pagar seus funcionários.

Não há uma vogal sequer, na história toda, que não soe cruelmente irônica. Então os petistas gostam de dinheiro, trabalham não somente pelo amor à causa, cruzam os braços ao primeiro sinal de sacanagem patronal e encerram a greve diante de promessas de solução rápida! É constrangedor, até para quem nunca simpatizou com essa gente, ver o partido na maior crise financeira de sua história, iniciada justamente quando as fontes, Valério-Delúbio-Rural-BMG-Prefeituras, secaram.

Olhando para o outro extremo (nem tão outro assim): A crise vivida pela loja Daslu começou quando o Brasil proibiu que se subfaturasse preços de produtos importados, ou seja, quando a farra da fraude acabou no reduto mais caro de São Paulo. O que nos permite deduzir que, neste país, é melhor desconfiar do sucesso alheio. Antes o luxo, agora até a ética é pirateada.

Diga que não lembrou de Roberto Jefferson falando nos pintos de bico aberto quando o esquema foi desbaratado...


No Dia Internacional de Combate à AIDS, Buenos Aires se previne para o caso de sexo casual com uma improvável mulher gigante. Européia, por supuesto


A despeito da política de juros altos adotada pela equipe econômica do governo, há grave perigo de que a inflação dê as caras neste fim de ano. Exemplo: as bolas de natal, vermelhas e lisas (sem detalhes), sumiram das lojas de Manaus, e só são encontradas no mercado ilegal dos camelôs. Espero que o COPOM esteja atento a isso.

Manchete do Estadão: "São Paulo alaga, bomba quebra e Serra culpa lei de Murphy".

Egberto Baptista vem aí. Tremei, seguidores da decência.

Dando confiança pra bêbado chato


Uma nota para o anti-esquerda mais esquerdista que já vi: Jorge Nobre. Camarada Jorge, não há sequer um momento em que você perceba que é explicita e extremamente triste viver dessa forma? Eu passo dois, às vezes três meses sem visitá-lo e então decido tirá-lo do traço de audiência. Aí...

...Aí vejo o mesmo rancor e a mesma obsessão comigo e com a esquerda que você tão bem representa. Heloísas, Babás e Lucianas são poços profundos de elegância e conservadorismo comparados a você, camarada. Larga essa vida, dá uma mudada de assunto, contrata um terapeuta, um analista, uma call-girl, sei lá... Mas deixa disso, camarada, ou as pessoas vão acabar achando que você, na verdade, é um esquerdista querendo formar opiniões contra os conservadores. Porque é só isso o que você consegue, além de umas correções no seu inglês autodidata – e às vezes até no seu português.

Por exemplo, “O Bush acreditou ser possível criar uma democracia não digo perfeita mas forte o bastante para resistir ao radicalismo muçulmano”. Ora, camarada Jorge, vá para o raio que o parta. Ou para a Lua, que até tem a sua poesia, se você pensar no dragão para lhe distrair. Bom, companhia, enfim, você terá. E quem sabe alguém para lhe ouvir - se o dragão topar a missão, claro.

sábado, dezembro 03, 2005

My early morning deepest thoughts


Você sente, quase pode tocar, a realidade de ser adulto, casado e assalariado quando, sem sono, decide visitar uns sites de compras, escolhe cerca de 10 DVDs sem os quais a sua existência é algo insondável e sofrido, e lembra que precisa sair dali imediatamente, pois os cartões de crédito precisam de saldo para a compra daquele roupeiro branco/tabaco que vocês tanto precisam.

Essa é toda a poesia de que disponho no momento. Aprecie.