quinta-feira, dezembro 23, 2004

23 de Dezembro. Manhã de Chuva. 1999.

O teu jeito de dizer que me ama,
E o jeito de me defender de tudo.
O medo do escuro,
Depois do filme bobo,
E o jeito de dormir em segundos.

Os teus 30 tipos de riso,
E a tua elegância inata.
O teu cheiro, os sinais e as curvas.
O jeito como cruzas os pés nos meus
Na cama, debaixo do cobertor.

A tua vontade de ser feliz
E a admiração que inspiras
São minhas paixões.

Ao teu lado quero ser melhor,
Mais homem, mais maduro,
Só pra te acompanhar,
Querendo tua admiração,
Feito menino carente.

Gosto de te ver de longe,
Falando com as pessoas, rindo.
E de sorrir discreto, te admirando.

Queria cantar pra você,
E falar baixinho no teu ouvido,
Pra te roubar de novo aquele primeiro beijo.
Queria te conquistar com meus discos,
E ver de novo garçons levantando cadeiras, apagando luzes,
Nos deixando dançar Summertime,
Quase parados, entre mesas vazias.

Não quero muita coisa,
Não planejo muita coisa,
Quero apenas ser,
Pelo resto da vida, teu marido.

Eu te amo, Hellen.
Muito.
Muito, muito.
Mesmo.
Mesmo, mesmo.