quarta-feira, junho 07, 2006
As ironias involuntárias são as melhores
Ontem, dia 6 de junho, o IMTRANS, Instituto Municipal de Trânsito, entregou os prêmios aos 26 ganhadores do VI Prêmio Denatran, um concurso que tinha como mote a Educação para o Trânsito. Muito bonito, muito bonito.
Mas bonito mesmo foi passar em frente à sede da Prefeitura, ali na Avenida Brasil, e ver dois “azuizinhos” de prontidão, com a missão de evitar que os funcionários e visitantes da Prefeitura estacionassem, como fazem diariamente, na calçada do prédio, obrigando os pedestres a caminhar uns 150m pelo asfalto.
Claro, durante um evento de premiação num concurso de Educação no Trânsito, seria de péssimo tom permitir que a deseducação diária estivesse ao alcance das lentes dos desafetos. Bom, pra mim isso não importa. O que importa é ver aquele monte de gente reclamando da rigidez da medida, que durou uma manhã, um pouco mais do que a cerimônia em si. Só se calavam quando ficavam sabendo os motivos da truculenta medida.
Estacionei por perto dali, de sorrisinho contente nos lábios, em área de estacionamento permitido. Faço isso sempre. Foi divertido ver tanta gente desnorteada, olhando para o meio-fio, onde é permitido estacionar a 50m de distância dos portões, sem enxerga-lo. Foi divertida a ironia da situação.
Enfim, cerimônia terminada, ordem restaurada. E à tarde, de volta à ordem normal da vida, ali estavam os carros estacionados e os pedestres no asfalto. Nada de “azuizinhos”.
Nada de Educação no Trânsito.
Paz, de novo.