quarta-feira, julho 28, 2004
Barack Obama
Não é um chefão da Al-Qaeda, não é um jogador do Lakers nem o novo presidente da autoridade palestina. É o nome do que os americanos chamam de Rising Star, um político democrata americano, negro, filho de imigrantes africanos, com origem humilde, que foi parar na Escola de Direito de Harvard. Depois disso, atuou como advogado de Direitos Civis. Hoje é professor da Escola de Direito da Universidade de Chicago e concorre a uma vaga no senado americano pelo estado de Illinois. Ontem à noite fez o chamado Keynote Address, um discurso na convenção do partido. Eu nunca vi nada igual. Nunca vi um político estreante, principalmente nos EU, brilhar desse jeito. Está concorrendo ao senado, mas há quem diga, e não são só os democratas, que a presidência o aguarda, ansiosa. Vou cantar a bola: o cara vai ser o primeiro presidente negro dos EU. O âncora da CNN o comparou a outro descendente de imigrantes, estes irlandeses, que há mais de 40 anos também fascinou os americanos e o mundo. JFK. Diferente de outros países, os americanos não se compadecem com gente humilde, simplesmente. Mas com gente humilde que prova ser capaz, antes de pedir o emprego. O discurso, bem, foi uma das coisas mais arrepiantes que já ouvi também. Eis alguns dos comentários sobre ontem. Retire os exageros e o partidarismo puro. Se puder, assista ao vídeo, que está aqui. Se não puder, leia o discurso aqui.