quinta-feira, setembro 30, 2004

Aniversário do Galvez Botequim, hoje

Clique para visitarHá quem diga que ele tem um quê de refúgio intelectual. Nada disso. O Galvez Botequim é um bar. Óbvio? Nem tanto, já que vivemos dias em que um Bar com B maiúsculo chega a ser coisa exótica. Se hoje os pedidos são feitos por palmtops, os telões são os protagonistas e as bandas de jazz-forró-r&b-pop-brega-rock-samba-reggae-acústico não deixam ninguém mais conversar em paz, o Galvez é inovador. Álvaro e Ana poderiam ser chamados de visionários, daqueles que dão o nome de Rex pro cachorro, nessa época de cachorros com nome de ator de cinema ou de remédio pra gastrite. Alguns têm até sobrenome, como o Silvio Paranhos, o saudoso gato do meu amigo Afonso Rodrigues (peraí, o gato pertence ao meu amigo, entendeu?).

Aqui já ouvi as rimas perfeitas do Chico Buarque, já matei as saudades do som dos velhinhos do Buena Vista Social Club e já tive a audácia de ouvir o meu Dark Side of The Moon, do começo ao fim. Aqui Célio Cruz, Lucinha Cabral, Pereira, Gean Sales e tantos outros já interromperam, maravilhosamente, meus papos.

O Galvez não é um genérico arrumadinho. Mas como nossa época teima em dizer que aparência não é tudo, valorizamos também a beleza interior, o espírito, a sustança. E essa beleza vem exatamente da variedade de pessoas, de conversas, de rostos e até de nacionalidades que por aqui se vêem. Nada de chope em ritmo de linha de produção, nada de público-alvo, mesmice, roupas iguais, idades iguais, conversas iguais. Nada de homogeneidade. No Galvez Botequim a diversidade impera. E se você já não se contenta em ser um número num cartão de consumo ou apenas mais um detalhe da decoração de um lugar abarrotado, experimente a diversidade.

Galvez Botequim
Rua Altair Severiano Nunes nº8, Conj. Eldorado
Em frente à praça da UTAM
Fone:6425566.