sexta-feira, abril 14, 2006

Também, eu nem queria...


Um repórter de uma revista chique de Manaus certa vez me ligou. Queria fazer uma entrevista, pois estava trabalhando numa reportagem sobre blogs. O interessante é que, antes que conversássemos, ele me explicou a razão da ligação com um desdenhoso "é, me passaram essa pauta sobre blogs... Eu acho que já é um assunto batido, blogs não são mais novidade...". Então continuamos.

Nunca dei entrevista, nem pro Patrick Mota nem pro Ibope. Era a glória suprema, alguém me entrevistava, e já não mais importava se era a Folha de S. Paulo, O Maskate ou o "Fanzine dos Seguidores do Espírito de Che Guevara".

Então o repórter começou, perguntando se meu estilo era pessoal, baladeiro ou nerd. Acho que foi isso. Fazendo referências ao KibeLoko, um site de charges, me preocupei. Achei que fosse bobagem. Falei, falei e falei. Não sei quanto do que eu falei foi captado.

Enfim, esperei e esperei pela revista. E hoje, Sexta-feira Santa, a encontrei, tentando comprar um peixe num supermercado. R$ 8,90. Não abri a revista até chegar em casa e entregá-la à Hellen, todo orgulhoso.

Ela folheou, folheou, folheou... Nada. Havia uma reportagem sobre blogs, mas entre as fotos da Narcisa Tamborindeguy baré e outras patricinhas baladeiras, nada.

Acho que falei demais naquela entrevista. Disse que não faço piada e não gritei nenhum "U-hú!"

Paciência.