quarta-feira, julho 06, 2005
Os queridinhos do Ibope
A assessoria de imprensa do pop-star do momento, Roberto Jefferson, precisa ter mais cuidado. Até cantar “Nervos de Aço” no Programa do Jô o homem já anda cantando, meio sem graça, meio sem tom, meio sem ritmo. O risco da superexposição é grande e pode abalar a imagem imaculada do deputado, o que pode levá-lo à saturação, como ocorreu com Sandy, a outra figura angelical e onipresente da história recente do nosso Brasil. A continuar o ritmo atual de entrevistas e depoimentos, muito brevemente seu mandato não deixará saudades e o deputado ganhará rios de dinheiro dando palestras sobre como fazer render contribuições de campanha. Será surpreendido com um “Arquivo Confidencial” no Domingão do Faustão e dará dicas de postura e elegância no sofá da Hebe. Fernanda Karina, a ex-secretária do Rasputin Carequinha, já deve estar sendo sondada por revistas masculinas. Como o que o deputado diz se escreve, espero que Lula tenha assistido a última aparição do guru da política nacional. Bob disse que o presidente está errando novamente, buscando coalizão com o PMDB. Segundo Bob, Lula precisa fechar seu governo e entregar seus cargos vagos a profissionais técnicos como Dilma Roussef; deve esquecer essa história de “governo de alianças”, terminho responsável pelo fim melancólico de uma história – inverossímil, diga-se – de 25 anos de ética, correção e idealismos desse partido de políticos amadores. Que Lula precisa ignorar os urubus e governar com o povo. Simplista? Não, meus caros. A sugestão é dele, o político de maior credibilidade do Brasil, aquele que vive – segundo o próprio – no intestino do poder, há 23 anos, como um protozoário capaz de mutações mil, que mebendazol nenhum pode matar.
Roberto diz. Que assim se escreva, que assim se cumpra, Presidente.