quarta-feira, março 15, 2006

Juntos chegaremos lá!


Ouvindo a rádio CBN, agora há pouco, voltei 17 anos no tempo. Numa inserção do PFL (é isso?) ouvi Guilherme Afif Domingos dizer que está voltando. Achei que estava ouvindo a coluna "Jingles Inesquecíveis", do Lula Vieira - aquele publicitário que tirou 0,5 ponto da Mangueira porque a escola estava verde-e-rosa demais esse ano -, porque o cara veio com aquele bordão inesquecível dos meus 15 anos: "Juntos chegaremos lá!", fazendo um jogo de punhos fechados e apontando para aquela juventude cara-pintada, tão alienada quanto a de hoje.

Finalmente fiquei com medo dessas eleições. Será que Afif vai voltar? Ele disse que vai, porque os jovens - sempre eles - estão indo embora do país para tentar a vida lá fora.

Em 1989 eu votei nele. Ainda não sei as consequências desse meu voto para os rumos que o país tomou àquela época. Só sei que em Collor não foi, ainda por motivo também ignorado. O mais importante, porém, é a lembrança de que, naquele pleito, que dava direito à população de rir com Ronaldo Cayado montado num cavalo branco, de Brizola falando como sequelado de um derrame cerebral e de Lula, ainda barbudinho e despreparado, é que não votei em Lula.

Estou com medo. Dadas as opções (Garotinho/Rigotto, Alckmin, Lula e outras belezas raras), votaria novamente no Afif. Não inspira muita confiança (aliás, nenhuma) mas aquele bordão é muito legal, fala a verdade! E patife por patife, é tentador escolher o patife com o melhor bordão.