segunda-feira, julho 31, 2006

Notas de segunda-feira


Roberto Tardelli, aquele promotor que atuou contra os assassinos do casal Richthofen, rebate as suspeitas de que teria sido ele o responsável pelo vazamento de trechos dos depoimentos ao programa Fantástico. “Repilo com veemência qualquer vínculo com o assunto. Não sou e nem nunca seria responsável pela guarda ou divulgação desse material”. Pra mim confessou o crime, só por ter usado a expressão “repilo veementemente”.

A coluna Ooops!, do UOL, avisa que um novo vírus na internet fala da morte do vencedor do concurso Ídolos, do SBT, e chega ao ponto de oferecer um link do tipo “clique aqui e veja as imagens do acidente”. Mais grotesco do que bolar essa maravilha e pior, do que cair nela, é a coluna terminar a notinha com um singelo “veja a imagem do email”. Humor sofisticado é outra coisa.

Os candidatos ao governo do estado que não se chamam Amazonino nem Eduardo têm tido dificuldades para aparecer na idônea imprensa local, toda já loteada pelos dois grandes. Artur Neto e Paulo De Carli por vezes me lembram aquela brincadeira de criança, em que todos tinham que sentar quando a música parasse. A música parou, e o punhado de cadeirinhas da imprensa já foi ocupado.

Oliver Stone é o novo herói da Direita americana. Sim, o diretor de Platoon, JFK e Assassinos por Natureza fez um filme sobre o 11 de setembro em que os americanos são machos e religiosos. Aqui.

Bessa Freire anda novamente cutucando gato com vara curta. Que bom, ainda há estômago por essas terras.

Zélia Cardoso de Melo foi absolvida da acusação de corrupção. Enfim, há sinais de que a justiça brasileira anda. Os próximos pareceres dizem respeito ao enforcamento de Tirandentes e ao suicídio de Getúlio Vargas. Aguarde notícias. Pra daqui a 20 anos.

Venda de camisetas do Hizbollah explode em São Paulo. Também, numa terra com a vocação pro besteirol e pro provincianismo, nada demais.

Dunga chamou Jorginho para coordenador técnico. Romário deve ser escalado, nos próximos dias, pra preparador físico.

Há jornalistas envolvidos na história fazendo piadinha com a nova (?) prostituta do pedaço, o jornal A Crítica. Corre nos corredores dos jornais o singelo slogan "A Crítica, de mãos dadas com o Correio". Campanha publicitária aqui, em breve.

A Churrascaria Boi Gordo contratou atores para estrelar seu mais novo comercial. Com o pretexto de uma pesquisa, figurantes meia-boca falam da maravilha que é a Boi Gordo. As churrascarias Búfalo e Gaúchos planejam entrar no TRE com uma ação proibindo a veiculação da peça.

Proponho a quebra do sigilo bancário de Galvão Bueno, que há 87 anos narra os fracassos de Rubinho Barrichelo sem nunca ter questionado a competência do rapaz, como faz tão facilmente na seleção brasileira, especialmente com jogadores que não são seus sofridos amigos.