segunda-feira, abril 11, 2005

Notas de segunda-feira


Daiane dos Santos levou a medalha de ouro na Copa do Mundo, mesmo sem música, dando seus saltos sétuplos carpados com triplos twists "discostas" à capela. A torcida, em êxtase, cantou o Hino Nacional a plenos pulmões, com a mão direita no peito. Ah, se esse amor ao país sobrevivesse aos portões de saída dos ginásios...

Sim, há um argentino no páreo (é, a coisa virou páreo) pela taça da Copa do Vaticano. E é irresistível imaginar todas as piadas possíveis com a idéia dos católicos terem um argentino no trono. Não vou dar as piadas, vou dar os temas: beijo no chão, legalização de drogas, humildade, Maradona, Pelé, Menem... Ah, leia a coluna do Zé Simão, leia.

Acabei de ser chamado de "filho da puta" por ser o único motorista fora da contra-mão na rua do escritório. Aposto que boa parte desse pessoal se emocionou ontem com o Hino Nacional da Daiane dos Santos. Acredite, há mais do futuro do Brasil no jeito como nos portamos no trânsito do que supõe nossa vã filosofia.

Diálogo num apartamentaço da Zona Sul carioca, decorado com a faixa do movimento "Basta!", numa tira de Arnaldo Branco: - Amor, a empregada ligou dizendo que não vem porque tá rolando uma chacina em Nova Iguaçu. – É a quinta vez que ela usa essa desculpa. Demite a vagabundinha!

Musique em sua mente: Ah, se todas as mulheres fossem mau-educadas, desbocadas e putinhas como a Luana Piovani...

Dona Glória não conseguiu enrolar novamente o país, com esse Clone requentado. Como medida de contingência, esse fim de semana o circo dos horrores precisou fazer romaria por vários programas da Globo. Meu humor esteve ótimo esse fim de semana. Pena que não vai durar.

Do fundo do meu coração, eu desejo que Charles e Camila finalmente sejam felizes.

É divertido debater com os outros pela Internet. Eu tenho o maior dos trunfos nas mangas: o efeito surpresa. Quando tudo se acalora e alguns querem saber onde eu moro pra mandar me dar uns petelecos, digo que sou de Manaus. Invariavelmente, depois do longo silêncio que segue a revelação, a única coisa que se consegue pensar é em me chamar de índio. Mas aí já é tarde.