segunda-feira, abril 25, 2005

Notas de segunda-feira


Psicólogos britânicos atestam que escrever mensagens com o telefone celular (os torpedos) e e-mails de maneira obsessiva pode reduzir o quociente de inteligência (QI) até duas vezes mais que fumar maconha. Bem que eu desconfiava que aquelas pessoas que não desgrudam do telefone tinham um grau avançado de demência.

O jornal Financial Times traz matéria sobre a corrupção endêmica que assola o Brasil. Não tenho acesso ao conteúdo da matéria, que é apenas para assinantes. Se alguém conseguir burlar o site ou descolar uma senha pra mim, ofereço um guaraná bacana.

O jornalista Jonathan Wheatley, autor da matéria, que se prepare.

Título da coluna de hoje de Ribamar Bessa Freire: "Vote em burguês, Bento XVI".

Agricultores americanos fizeram uma passeata de protesto em Chicago, terminada em frente ao consulado brasileiro. Portando bonés e bandeiras do MST, pretendiam também invadir prédios públicos, quebrar vidraças e invadir fazendas produtivas, em homenagem ao modus operandi da organização criminosa brasileira, mas lembraram que estavam em solo americano. É que criminosos terminam na cadeia por lá.

Segundo a Controladoria Geral da União (ou seja, o Governo), 20% de todo o dinheiro arrecadado com os impostos do país com a maior carga do mundo são roubados. Não se tem notícia, na história, de tamanho assalto, e a tantos bolsos. Somos obrigados, por lei, a entregar as carteiras aos ladrões.

Não sou a favor da descriminalização das drogas nem do aborto. Sou a favor da descriminalização da corrupção. Condenar algo que absolutamente todos fazem só pode estar errado. Que o digam os candidatos bem relacionados que fizeram prova pro concurso da Secretaria de Saúde em Manaus. Não dizem quantos pontos fizeram nem sob tortura. Outro dado curioso: são essas as pessoas que geralmente não desgrudam do celular. Legaliza logo, pô.

Engraçado esse mundo católico, movido pelo medo do inferno e pela sensação de culpa. Se o novo papa liberasse o aborto, o casamento de padres, revogasse o celibato e liberasse o homossexualismo, todos poderiam fazer o que sempre fizeram, mas com o aval de Deus. O povo não quer fazer o que nunca pôde fazer. Quer a benção pra poder fazer. Só isso. A descriminalização do pecado. Também sou a favor.

Torcedores argentinos estenderam uma enorme faixa em jogo durante a semana passada, onde se via a imagem de um gorila e os dizeres "Grafitte, Macaco". Vou de Zé Simão: que se estendam nos estádios brasileiros enormes faixas com a imagem de um saco bem redondo de pó, com os dizeres "Maradona, Rei da Argentina".