Fim de março, 2005. E Aqueles Velhos Olhos Azuis se apagaram. A senhora, Dona Nair de Melo Benigno, nos deixa aqui, menos inteligentes, menos francos, menos carismáticos, mais simplórios, mais sem tempero, mais mundanos, falsos e burros. Ainda tentamos pintar um belo quadro, imaginando o reencontro com o seu Velho Ismael. Mas o bonito mesmo foi aqui, durante esse quase-século. E seguimos essa existência, de cestos nas costas, lutando uns com os outros por maçãs no chão. Maçãs que não levaremos a lugar algum.
Minha avó, seus Velhos Olhos Azuis farão falta.
Nair de Melo Benigno, 1912-2005.